Hoje na Economia 09/02/2015

Hoje na Economia 09/02/2015

Edição 1211

09/02/2015

A abertura dos mercados nesta manhã aponta para mais um dia típico de aversão ao risco. Prevalecem temores quanto à Grécia, cujo governo parece em rota de colisão com os credores europeus, enquanto aumentam as preocupações com a escalada da crise Rússia/Ucrânia.

Na Europa, o índice STOXX600 recua 1,23% no momento, enquanto em Londres o índice FTSE100 perde 0,29%; o CAC40 de Paris cai 1,27% e o DAX30 opera com queda de 1,65%. O euro é negociado a US$ 1,1349, subindo em relação a US$ 1,1313 no fim da tarde de sexta-feira. O primeiro ministro da Grécia, Alexis Tsipras, insiste em obter um relaxamento das medidas de austeridade, antes de começar a negociar com os principais credores do país. O juro pago pelo título grego de 10 anos subiu 50 pontos base, para 10,65%, enquanto os juros dos papeis com vencimento mais curto avançam ainda mais, num sinal de que os investidores temem um eventual default do país.

As bolsas americanas parecem acompanhar o mau humor prevalecente na Europa. Os futuros dos principais índices de ações, como S&P e D&J, registram quedas de 0,59% e 0,55%, respectivamente. O yield pago pelo Treasury de 10 anos, que mostrou forte alta após a divulgação dos números sobre o mercado americano na sexta-feira, recua, ligeiramente, nesta manhã, situando-se em 1,889% ao ano, em linha com o cenário de maior aversão ao risco. O dólar índex, por sua vez, recua 0,21%, no momento.

Na Ásia, os principais mercados fecharam sem um direcional único. A bolsa de Tókio terminou o dia com valorização de 0,36%, refletindo a valorização do dólar, que se seguiu após a divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho americano, reforçando apostas de que os juros americanos podem começar a subir no final deste primeiro semestre. O dólar chegou a ser negociado acima de 119,0 ienes no início da sessão asiática, recuando para 118,68 ienes, neste momento. Nos mercados chineses, o índice Xangai Composto subiu 0,62%, com investidores buscando ações mais baratas do setor financeiro, após quedas recentes. Os investidores deram pouca importância aos números da balança comercial chinesa, que mostraram queda nas exportações em janeiro, e um recuo nas importações, ambos superando as expectativas do mercado. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,64%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 51,91/barril, com alta de 0,43%, nesta manhã. Demais commodities, os preços dos metais básicos recuam 0,20%, sendo as únicas commodities a serem afetadas pelos resultados ruins apurados pela balança comercial chinesa.

Neste dia de maior aversão ao risco, a Bovespa deverá acompanhar a queda das principais bolsas internacionais, além de acusar os reflexos negativos da queda dos preços do minério de ferro e as incertezas em relação à Petrobrás. O mau humor que prevalece no mercado doméstico e o quadro externo mais arriscado podem manter a valorização do dólar frente ao real. Esse movimento pode pressionar a curva de juros futuros, principalmente, nos vencimentos mais longos.

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