Hoje na Economia 09/03/2015

Hoje na Economia 09/03/2015

Edição 1228

09/03/2015

Predomina, no dia de hoje, certo clima de aversão ao risco nos mercados. Há preocupações com a política monetária americana. A criação de postos de trabalho acima do esperado em fevereiro alimenta apostas que os juros básicos americanos começarão a subir no início do segundo semestre. Na Europa, a Grécia volta ao radar das preocupações. Seu programa de ajuste e reformas foi rejeitado pela Comissão Europeia.

Na Europa, os yields dos principais títulos soberanos recuam para níveis históricos, em resposta ao início do programa de compra de ativos pelo Banco Central Europeu (BCE), que promete injetar cerca de 60 bilhões de euros por mês. O euro é negociado a US$ 1,0889 no momento, ligeiramente acima da cotação US$ 1,0850 de sexta-feira à tarde. No mercado de ações, o índice STOXX600 recua 0,52%, em meio a temores causados pelo impasse com a Grécia. Em Londres, o FTSE100 recua 0,59%; em Paris o CAC40 perde 0,44%; em Frankfurt o DAX30 cai 0,15%, no momento.

Nos Estados Unidos, os índices futuros do S&P e D&J sinalizam para um provável dia de baixas para o mercado acionário americano, registrando quedas de 0,14% e 0,18%, respectivamente, no momento. O juro pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 2,222% ao ano, com pequeno recuo ante 2,243% ao ano apurado no final de sexta-feira. O dólar recua frente às principais moedas. O índice DXY situa-se em 97,397, com recuo de 0,21% nesta manhã.

Na Ásia, a maioria das bolsas fechou o dia em direções divergentes, com algumas delas pressionadas pela perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos. Em Tókio, em que pese à alta do dólar em relação ao iene, as ações recuaram neste primeiro pregão da semana, refletindo um sentimento de aversão ao risco, após a queda das ações em Nova York na sexta-feira em reação aos fortes dados de emprego americano. O índice Nikkei apurou perda de 0,95%. O dólar é negociado a 120,81 ienes nesta manhã (120,63 ienes no final de sexta-feira). Na China, o otimismo com o setor bancário ajudou os mercados a reverter perdas que mostraram no início da sessão. O índice Xangai Composto fechou o dia com alta de 1,89%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong perdeu 0,17%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 49,50/barril, com queda de 0,20%, neste momento. Demais commodities, excluindo as relacionadas à energia, operam em alta com destaque para metais básicos +0,30% e agrícolas +0,53%.

O quadro doméstico não favorece os ativos de uma forma geral, com investidores cautelosos ante os graves problemas políticos e econômicos internos. Tendo em vista que o ambiente político deve permanecer turbulento no curto prazo, com dificuldades do governo de convencer a base aliada de aprovar as medidas de ajuste fiscal e com protestos populares à vista, investidor deve manter postura defensiva, evitando assumir posição comprada em ativos brasileiros. Em resumo, a tendência mais provável é de mercados de ações para baixo, dólar e juros futuros para cima.

Topo