Hoje na Economia – 09/05/2023

Hoje na Economia – 09/05/2023

Economia Internacional

Divulgados nesta madrugada, os dados referentes à balança comercial chinesa de abril mostraram panoramas mistos. Por um lado, o saldo da balança comercial ficou acima do esperado pelo mercado (US$ 90,2 bilhões contra US$71,3 bilhões) e as exportações surpreenderam positivamente, avançando 8,5% A/A. Por outro, houve frustração com o resultado das importações, que retraíram 7,9% A/A ante expectativa de queda menos intensa, de 0,2% A/A. A surpresa negativa nas importações preocupou os mercados quanto à fragilidade da demanda interna no país e ao potencial de contribuição da economia chinesa para o crescimento global neste ano, o que levou a perdas em mercados de commodities e moedas nesta manhã.

Na Zona do Euro, os discursos de membros do Banco Central Europeu (ECB) nesta manhã tiveram balanço mais hawkish, e foram condizentes com uma reafirmação do compromisso do comitê com a convergência da inflação à meta e com o processo de desinflação, além do reconhecimento de que ainda há trabalho a ser feito em termos de política monetária.

Nos EUA, o índice de otimismo dos pequenos negócios caiu 1,2% M/M em abril, de 90,1 para 89, abaixo do esperado pela mediana das projeções dos analistas (89,7). A abertura do dado mostrou piora das expectativas das empresas para a atividade econômica à frente, com impactos baixistas para vendas e lucros.

Hoje a agenda global de dados deve ser pouco movimentada. Ganham destaque os discursos de Williams e Jefferson, do Fed, e Schnabel, do ECB. Os mercados também mantêm sob o radar a reunião entre o Presidente americano Joe Biden e líderes do Congresso para tratar de impasses associados ao teto da dívida.

Economia Nacional

Ontem, o foco do noticiário doméstico esteve sob a repercussão da indicação do Secretário Executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para o cargo de Diretor de Política Monetária do Banco Central, desocupado desde a saída do ex-diretor Bruno Serra, em 27 de março. O anúncio, feito pelo Ministro da Fazenda Fernando Haddad, refletiu em depreciação do câmbio e abertura da curva de juros na sessão de ontem. Também foi indicado à Diretoria de Fiscalização Ailton de Aquino Santos, servidor de carreira do próprio BC.

A ata da última reunião do COPOM, divulgada nesta manhã, não trouxe maiores alterações quanto ao tom adotado no comunicado da semana passada, que reforçou a mensagem de paciência e serenidade na condução da política monetária e segue consistente com manutenção de juros no curtíssimo prazo. Destacadamente, a minuta deste mês trouxe maior detalhamento da discussão relacionada à taxa de juros neutra. A avaliação de alguns membros de que a taxa neutra pode ter se elevado a nível superior ao estimado pelo comitê, no entanto, foi considerada prematura pela maioria dos membros do comitê.

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