Hoje na Economia 09/06/2016

Hoje na Economia 09/06/2016

Edição 1534

09/06/2016

Após diversos pregões de otimismo, criado depois que a presidente do Fed, Yellen, pareceu ter postergado aumentos de juros no seu discurso de segunda-feira, hoje os mercados financeiros abrem em baixa, com alguma realização de lucros.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou com queda de -0,5%. As bolsas de Xangai, Hong Kong e Taiwan estão fechadas devido a feriado. A inflação ao consumidor na China veio abaixo do esperado (2,0% A/A contra expectativa de 2,2% A/A), mas a inflação ao produtor veio menos deflacionária que esperado (-2,8% A/A contra expectativa de -3,2% A/A). O iene está se fortalecendo com a percepção de que haverá menos aumentos de juros nos EUA, agora se valorizando 0,47%, cotado a ¥/US$ 106,49. O índice Nikkei225 de Tóquio está em queda com essa valorização do iene, de -0,97%.

Na Europa, bolsas de ações da região operam em queda. O índice regional STOXX600 registra queda de -0,88%, no momento. Em Londres, o FTSE100 recua -0,84%, enquanto em Paris o CAC40 cai -0,84% e em Frankfurt, o DAX perde -1,22%. O euro está se depreciando 0,47%, cotado a US$/€ 1,1342.

Os índices futuros das bolsas americanas também estão em queda, de -0,17% para o Dow Jones e de -0,34% para o S&P500, indicando que o rally dos últimos dias deve parar, pelo menos temporariamente. O dólar voltou a ganhar força, com aumento de 0,25% no índice DXY, valorizando em especial contra moedas de países exportadores de commodities. Os juros futuros americanos recuam, com a Treasury de 10 anos a 1,683% a.a..

Os preços de commodities estão em baixa, após terem subido muito nos últimos pregões. O índice geral de commodities Bloomberg recua -0,37%, sendo que o preço do petróleo tipo WTI cai -0,78%, cotado a US$ 50,83 o barril.

No Brasil, ontem o Copom manteve a taxa de juros em 14,25% na última reunião presidida por Tombini. Não houve nenhuma alteração no comunicado, que seguiu reconhecendo avanços no combate à inflação, mas ainda sem espaço para cortar juros, devido ao alto nível da inflação corrente e das expectativas de inflação. Hoje o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, deve tomar posse. Já saiu o IGP-M 1º decêndio, que veio mais alto que esperado (1,12% contra 0,67% de expectativa), com alta em especial nos produtos agrícolas (3,23%). Os juros futuros brasileiros devem iniciar o dia em leve alta, devido à inflação mais alta e corrigindo algumas pequenas apostas de corte de juros na reunião do Copom. O real deve voltar a se depreciar um pouco, acompanhando o cenário externo, e com isso também colocar pressão de alta nos juros. A bolsa brasileira também deve cair, com a queda de preços de commodities.

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