Hoje na Economia – 09/08/2021

Hoje na Economia – 09/08/2021

Incertezas sobre o crescimento global em meio ao aumento da disseminação dos casos da variante delta do coronavírus e expectativas quanto ao próximo movimento do Fed pesam sobre os ativos de risco em geral, alimentando a volatilidade. Os mercados iniciaram os negócios, nesta segunda-feira, repercutindo os fortes dados sobre o mercado de trabalho americano em julho, divulgados na sexta-feira. Aumentam as especulações sobre eventual mudança de tom por parte do Fed em suas próximas manifestações, podendo sinalizar o início do “tapering” para antes do esperado pelo mercado. Temores quanto à elevação dos juros derrubaram os preços dos metais precisos, com o ouro atingindo um dos menores níveis desde março.

Na Ásia, os mercados acionários não mostraram um denominador comum. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou alta de 0,20%. No Japão, os mercados permaneceram fechados por conta de feriado. Na China, os dados da balança comercial de julho decepcionaram, vindo abaixo do projetado pelos analistas. A inflação, por sua vez, subiu de forma expressiva em julho, tanto ao nível do produtor como do consumidor, captando as altas das commodities e o avanço da demanda interna. Em que pese as preocupações com a ofensiva regulatória de Pequim, o índice Xangai Composto encerrou a sessão com alta de 1,05%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 0,30%; terceira queda seguida em meio a temores com novo avanço da covid-19 e seus impactos sobre a atividade. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com ganho de 0,40%, enquanto em Taiwan, o Taiex apurou perda de 0,23%.

Na Europa, as bolsas iniciaram o dia em alta, mas sem conseguir sustentar a tendência à medida que o pregão avança. O índice STOXX600 opera em torno da estabilidade, no momento. Em Londres, o FTSE100 cai 0,23%; o CAC40 tem alta discreta de 0,03% em Paris; em Frankfurt o DAX desvaloriza 0,13%.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua um ponto base para 1,29% ao ano, enquanto o índice DXY do dólar opera perto da estabilidade, situando-se em 92,79 pontos. O euro vale US$ 1,1758, perdendo 0,05%; a libra é cotada a US$ 1,3894, apreciando 0,14%; o iene é negociado a ¥ 110,14/US$, valorizando 0,10% Neste final de semana, as discussões sobre o pacote de infraestrutura avançaram no Senado, podendo ser aprovado ao longo da semana, embora ainda vá enfrentar obstáculos em sua tramitação na Câmara dos Representantes. No mercado futuro de ações das bolsas de Nova York, o índice Dow Jones recua 0,30% no momento; o S&P 500 cai 0,19%: Nasdaq sobe 0,05%.

As cotações de petróleo registram pesadas perdas nesta manhã, dando sequência as quedas observadas ao longo da semana passada. Preocupações com a demanda pela commodity diante da disseminação da variante delta do coronavírus ganharam força após a China divulgar dados mais fracos da balança comercial de julho, frustrando as projeções dos analistas. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 65,22/barril, com queda de 4,85%.

No Brasil, além do fator externo, aspectos domésticos devem continuar direcionando os ativos. No front político, em meio a crise institucional, a agenda fiscal deverá estar no foco dos investidores, com a apresentação da PEC dos Precatórios e a MP do Bolsa Família, além da votação da reforma do Imposto de Renda. Na Câmara, o presidente da casa, Arthur Lira deve levar a plenário a votação da PEC do Voto Impresso. Diante de tantas incertezas, a Bovespa deve permanecer sem impulso, o dólar e os juros futuros continuarem pressionados.

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