Hoje na Economia 09/09/2016

Hoje na Economia 09/09/2016

Edição 1599

09/09/2016

Mercados de ações internacionais operam, nesta sexta-feira, majoritariamente em baixa. Pesa a decepção com a negativa do Banco Central Europeu em ampliar seu programa de compra de ativos, bem como pela crescente dúvida quanto à eficácia de medidas adicionais de afrouxamento monetário sobre a atividade econômica global.

Bolsas na Ásia fecharam em queda. O índice MSCI Asia Pacific perdeu 0,7%, refletindo os temores após o teste nuclear da Coreia do Norte, bem como a manutenção da política monetária do BCE. Ainda assim, o índice fechou a semana com ganho acumulado de 2,1%, sustentado pela percepção de que o Fed não mais subiria os juros em setembro. No Japão, os riscos geopolíticos decorrentes da ameaça da Coreia do Norte contrabalançou a expectativa positiva de que o Banco do Japão poderá ampliar sua política de afrouxamento monetário. O índice Nikkei fechou praticamente estável, com alta marginal de 0,04%. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 102,19 ienes, com a moeda japonesa se valorizando 0,29%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,75%. Em Xangai, o índice Xangai Composto apurou perda de 0,55%. A taxa anual de inflação ao consumidor da China desacelerou pelo quarto mês consecutivo em agosto, para 1,3% de 1,8% no mês anterior, segundo os dados oficiais publicados durante a madrugada.

A Europa segue a tendência ditada pelos mercados asiáticos. O índice STOXX600 opera com queda de 0,35%, nesta manhã. Principais bolsas da região acompanham a queda: Londres -0,30%; Paris -0,25% e Frankfurt -0,32%. O euro é negociado a US$ 1,1272, ganhando 0,11% diante da moeda americana.

No mercado de petróleo, o contrato futuro para entrega em outubro do produto tipo WTI é negociado a US$ 46,95/barril, com queda de 1,4%, limitando o ganho nesta semana a 5,9%. Demais commodities também operam no vermelho: o índice geral de commodity da Bloomberg registra queda de 0,33%, no momento.

O baixo apetite por risco que se observa nos mercados internacionais deve pesar sobre a bolsa brasileira, que somado à queda dos preços do petróleo, permite acreditar em um dia de baixa para a Bovespa. No mercado doméstico de renda fixa, as atenções ficarão por conta da divulgação do IPCA de agosto, que segundo as projeções do mercado deve mostrar variação de 0,44% no mês (0,52% em julho) e 8,98% em doze meses. Após um IGP-DI, divulgado ontem, mais salgado do que o esperado pelo mercado, o IPCA será importante para ajustar as apostas quanto aos juros futuros.

Topo