Hoje na Economia – 09/09/2019

Hoje na Economia – 09/09/2019

09/09/2019

Edição 2335

Um ambiente um pouco mais otimista em relação à semana passada permeia os negócios nesta
segunda-feira. Após fracos dados de atividade, divulgados recentemente em várias economias,
cresce a expectativa de que os principais bancos centrais deverão adotar medidas de estímulos
adicionais para evitar que a economia global escorregue para a recessão.

O superávit da balança comercial chinesa recuou de US$ 45,1 bilhões em julho para US$ 34,8
bilhões em agosto, com as exportações chinesas caindo 1% na comparação anual (projeções:
+3,0%), refletindo o encolhimento do comércio mundial, enquanto as importações caíram 5,6%
na mesma métrica, em função da fraca demanda interna. Após a divulgação desses dados
decepcionantes, o governo chinês reiterou a intenção de adotar novas medidas de estímulos
para impulsionar a segunda maior economia do mundo. As bolsas da Ásia fecharam
majoritariamente em alta, diante da esperada reação das autoridades chinesas, que anunciaram
a possibilidade de se adotar nova rodada de corte de compulsório bancário para reforçar a
oferta de crédito as médias e pequenas empresas. Em Xangai, o índice Composto subiu 0,84%
no pregão de hoje. No Japão, o PIB cresceu 0,3% no 2o trimestre na comparação com os três
primeiro meses do ano, ficando abaixo da leitura preliminar que era de 0,4%. No mercado de
ações, o índice Nikkei apurou ganho de 0,56% na bolsa de Tóquio. O dólar é negociado a
107,50 ienes subindo em relação ao valor de 106,91 ienes de sexta-feira à tarde. Em Hong
Kong, o Hang Seng fechou em leve baixa de 0,04%, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,52%
em Seul.

Na Europa, a maioria das bolsas opera no azul, com investidores na expectativa de que o Banco
Central Europeu (BCE) anuncie um grande pacote de medidas para dar suporte à economia da
zona do euro. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,11% nesta manhã.
O CAC40 tem alta discreta de 0,05% em Paris, enquanto o DAX avança 0,37% em Frankfurt.
Na contramão, segue a bolsa de Londres, onde o FTSE100 recua 0,27%, no momento, com
investidores acompanhando a disputa entre governo e oposição na definição de como será a
saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). O euro é cotado a US$ 1,1038 ante US$
1,1029 do final de sexta-feira.

No mercado americano, a expectativa de novos estímulos foi reforçada na sexta-feira após o
pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell, que sinalizou para a possibilidade de um
novo corte na taxa básica de juros americana, neste ano. Os futuros de ações de Nova York
apontam para uma abertura em alta, nesta segunda-feira. O índice futuro do Dow Jones sobe
0,25%; do S&P 500 avança 0,29%; Nasdaq tem alta de 0,28%. O juro pago pela T-Note de 10
anos sobe 2,62% no momento, elevando os juros do papel para 1,5645% ao ano. O índice DXY
encontra-se em 98,33 pontos, sem tendência clara, indicando estabilidade da moeda americana
frente à cesta de moedas fortes.

No mercado de commodities, os contratos futuros do produto tipo WTI, para entrega em
outubro, registram valorização de 0,92%, nesta manhã, com o barril sendo negociado a US$
57,05. Expectativas de que a Arábia Saudita continuará controlando sua produção, reforçando a
intenção da Opep em impulsionar os preços do petróleo por meios de cortes na produção, dão
sustentação às cotações da commodity.

Em que pese os fracos resultados da balança comercial chinesa, reforçando os efeitos negativos
da guerra comercial sobre a economia global, a expectativa de que Pequim deverá adotar novas
medidas de estímulos devem favorecer os ativos dos emergentes. Bovespa deve abrir
acompanhando a alta sinalizada pelos futuros das bolsas americanas, enquanto o dólar pode
ficar de lado, mantendo a taxa de câmbio flutuando pouco abaixo de R$ 4,10/US$.

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