Hoje na Economia 09/10/2014

Hoje na Economia 09/10/2014

Edição 1132

09/10/2014

Mercados reagem positivamente à ata da reunião de mercado aberto do Fed (Fomc), divulgada ontem, onde os membros do comitê externaram preocupações com o fraco crescimento mundial e a baixa taxa de inflação presente nos EUA, no momento. São considerações que permitem acreditar que o Fed pode postergar para o segundo semestre de 2015 o momento de iniciar o ciclo de alta dos juros básicos americanos.

O dólar devolve boa parte da alta das últimas semanas, recuando frente às principais moedas (dólar index: -0,23%, no momento), enquanto o yield pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 2,30% ao ano. Os índices futuros do S&P e D&J operam em alta nesta manhã, marcando 0,29% e 0,22%, respectivamente. Destaque na agenda econômica para a divulgação dos novos pedidos de seguro desemprego, que devem ter somado 295 mil pedidos na semana, contra 287 mil divulgados na semana passada.

Na Europa, a expectativa de que a política monetária americana continuará estimulativa ainda por longo tempo anima os investidores, levando os mercados de ações a voltarem a operar no azul após dois dias de quedas significativas. O índice STOXX600 registra valorização de 0,70% no momento, acompanhado por alta de 0,43% em Londres, +0,50% em Paris e +1,13% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,2768 contra US$ 1,2738 do final da tarde de ontem.

Na Ásia, mercados também são movidos pela expectativa de que os juros americanos não devem voltar a subir antes do segundo semestre de 2015. O índice MSCI Asia Pacific, recuperou-se da forte queda de ontem, fechando o dia com ganho de 0,6%. No Japão, a bolsa de Tókio fechou em queda, refletindo o enfraquecimento do dólar americano frente à moeda japonesa. O índice Nikkei encerrou a sessão de hoje com queda de 0,75%. O dólar é negociado a 107,89 ienes nesta manhã, contra 108,14 no fim da tarde de ontem. A bolsa de Xangai apurou ganho de 0,28% no pregão de hoje, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng se valorizou 1,17%.

As previsões de menor crescimento para economia mundial, efetuadas pelo FMI, afetam negativamente o mercado de petróleo, cujas cotações permanecem deprimidas por um mercado ofertado em meio à retração da demanda mundial. O produto tipo WTI é cotado a US$ 87,25/barril, com queda de 0,10% no momento.

A Bovespa deve se recuperar da queda de ontem, acompanhando o bom humor que comanda os negócios no exterior, em meio a fortes oscilações, ao sabor das notícias e boatos sobre a corrida eleitoral. Taxa cambial e juros mais longos poderão recuar pelo ambiente externo favorável, decorrente do enfraquecimento global do dólar e recuo dos juros longos americanos. Ainda para o mercado de juros, foi divulgado o IPC-Fipe da 1ª quadrissemana de outubro, que mostrou inflação de 0,32%, superando as previsões do mercado (0,27%). Será divulgada, também, a primeira prévia do IGP-M de outubro, que deverá ficar em 0,08% segundo o consenso do mercado, abaixo de igual prévia de setembro, que registrou alta de 0,26%.

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