Hoje na Economia – 09/11/2020

Hoje na Economia – 09/11/2020

Principais bolsas internacionais iniciam a semana exibindo fortes altas, impulsionadas pelo otimismo que cerca o futuro governo do presidente eleito Joe Biden. A percepção dos investidores é de a vitória do democrata, com os republicanos comandando o Senado, reduz a possibilidade de haver uma política de elevação de impostos e intensificação das regulações. No entanto, permanecem como pano de fundo as preocupações com os avanços da nova onda de coronavírus, afetando diversas regiões do mundo, colocando em risco a retomada da economia global.

Na Ásia, as bolsas fecharam exibindo ganhos expressivos, nesta segunda-feira. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific terminou o pregão com alta de 1,3%. Otimismo em relação ao futuro governo do presidente eleito Joe Biden, em meio a dados mostrando avanço nas exportações chinesas, animou os investidores, deixando em segundo plano a ameaça da pandemia, com novas infecções sendo detectadas em regiões no Japão. A China reportou que as exportações subiram 11,4% a/a em outubro (9,9% a/a em setembro), superando as expectativas do mercado. As importações aumentaram 4,7% a/a (13,2% a/a em setembro), vindo abaixo do consenso (8,6% a/a). O bom desempenho das vendas externas chinesas, apontando para uma expansão industrial vigorosa à frente, ajudou o desempenho do índice Xangai Composto, que fechou o pregão com alta de 1,86%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,18%, enquanto o sul-coreano Kospi apurou valorização de 1,27% em Seul. No Japão, o índice Nikkei registrou alta de 2,21%, encerrando no mais elevado patamar desde novembro de 1991. No mercado de moeda, o dólar é negociado a 103,53 ienes, contra 103,37 ienes de sexta-feira à tarde.

Na Europa, as bolsas seguem os seus pares asiáticos, compartilhando o otimismo que cerca o futuro governo do democrata Joe Biden. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com valorização de 1,53%, neste momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,56%; o CAC40 avança 1,61% em Paris; em Frankfurt, o DAX se valoriza 1,82%. O euro é negociado a US$ 1,1880 com discreta valorização de 0,05%. Em relação à pandemia, as infecções e internações aumentam de forma acelerada em vários países da região, forçando os governos a voltar com medidas de quarentena, o que deve esfriar a recuperação da economia nos últimos meses do ano.

No mercado americano, o dólar tem ligeira alta, nesta manhã, com investidores ainda com um pé atrás em relação ao desfecho das eleições nos EUA, que, apesar da vitória do democrata Joe Biden, ainda existe o risco de o resultado ir parar na Justiça. O índice DXY do dólar tem alta moderada de 0,07%, situando-se em 92,29 pontos. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 1 ponto base, para 0,80% ao ano. Os índices futuros das bolas de Nova York operam com altas significativas: o futuro do Dow Jones sobe 1,53%; S&P 500 tem alta de 1,57%; Nasdaq se valoriza 1,95%.

As commodities também operam em alta firme: o índice geral de commodity Bloomberg sobe 0,42% no momento. No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI para dezembro se valoriza 2,61%, cotado a US$ 38,11/barril.

O bom humor que prevalece nas principais bolsas internacionais deve dar um direcional positivo para os ativos brasileiros. O otimismo, no entanto, é limitado pela demora na adoção de medidas para equacionar a questão fiscal. A Bovespa deve buscar a consolidação da recuperação vista na semana passada. O câmbio deve acompanhar a evolução global da moeda americana, enquanto os DIs futuros devem permanecer pressionados pelos dados correntes de inflação e atividade mais fortes.

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