Hoje na Economia 09/12/2016

Edição 1661

09/12/2016

Os negócios ocorrem, no dia de hoje, focados no mercado de petróleo. Investidores aguardam a reunião entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e os produtores fora do grupo, marcada para amanhã. A expectativa de que a Opep consiga convencer grandes produtores, como a Rússia, a cortar a produção sustenta a alta da commodity, nesta manhã. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 51,42/barril, com valorização de 1,12%.

Animadas pela nova alta recorde das bolsas de Nova York, mercados de ações da Ásia fecharam, esta sexta-feira, no azul. O índice MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,10%. Destaque para a bolsa de Tóquio, que fechou em nova máxima no ano. O índice Nikkei teve valorização de 1,23%, acumulando valorização de 3,1% na semana. Papéis de petrolíferas e do setor financeiro foram os destaques de alta. O dólar é negociado a 114,40 ienes, com a moeda japonesa perdendo 0,32%, no momento. Na China, o índice de ações da bolsa de Xangai fechou em alta de 0,54%. Em Hong Kong, o Hang Seng fechou com queda de 0,44%.

O índice futuro de ações do S&P 500 opera com alta discreta, nesta manhã, após as bolsas americanas terem batido novos recordes no pregão de ontem. Sustenta o atual desempenho das ações americanas a expectativa de que o futuro governo do presidente eleito, Donald Trump, seja mais agressivo na concessão de estímulos fiscais, impulsionando a maior economia do mundo. Ante a esse quadro, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 0,54%, situando-se em 2,42% ao ano, no momento. O dólar volta a se valorizar, com o índice DXY voltando para patamares superiores a 101,0 pontos (era 99,98 ontem).

Na Europa, os mercados de ações mostraram reações não muito claras diante do anúncio do Banco Central Europeu (BCE) de estender o seu programa de QE por mais nove meses, até o fim de 2017. A compra de ativos irá se reduzir dos atuais 80 bilhões de euros para 60 bilhões de euros. Nesta manhã, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com discreta alta (+0,11%). Em Londres, o FTSE100 opera perto da estabilidade; em Paris o CAC40 sobe 0,14%; em Frankfurt, o DAX recua 0,13%. O euro troca de mãos a US$ 1,0614, pouco abaixo da cotação de US$ 1,0618 de ontem à tarde.

O cenário doméstico permanece conturbado, pelo ambiente político turbulento. O presidente Michel Temer não conseguiu emplacar o nome do deputado tucano Antônio Imbassahy na articulação política, no lugar de Geddel Vieira. O "centrão" foi contra, ameaçando obstruir a votação da PEC da Previdência na CCJ da Câmara. Temer recuou. Ativos domésticos devem se manter voláteis, mas a Bovespa deve manter trajetória de alta, impulsionada pela elevação dos preços do petróleo. Taxa de câmbio e juros futuros devem seguir pressionados.