Hoje na Economia 10/01/2014
Edição 947
10/01/2014
Os investidores aguardam, ansiosamente, a divulgação nos Estados Unidos, do relatório do emprego referente a dezembro. Animados com os bons números divulgados pela ADP sobre criação do emprego no setor privado no período, investidores esperam, que os novos dados confirmem o fortalecimento do mercado de trabalho americano. A mediana das projeções de mercado aponta para criação líquida de 197 mil novas vagas pela economia americana no mês, próximo do bom número de novembro (203 mil). A taxa de desemprego deverá se manter em 7,0%.
Um dado em linha com as projeções do mercado consolidaria a percepção de que a economia americana ingressou em uma trajetória consistente de crescimento. A expectativa de que o Fed poderia acelerar o término do programa de compra de ativos favorece a valorização do dólar frente às principais moedas. O juro pago pela treasury de 10 anos atinge 2,966% ao ano, podendo romper o nível de 3,0%, caso o relatório de emprego supere as previsões do mercado. No mercado de ações, os futuros dos índices S&P e D&J operam em alta:+0,23% e +0,20%, respectivamente.
O euro segura o terreno ganho ontem frente ao dólar, sendo negociado a US$ 1,3609, contra US$ 1,3605 observado ontem à tarde. No mercado de ações, a tendência de alta predomina: o índice STOXX600 registra variação de 0,52%, nesta manhã. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,49% no momento, enquanto em Paris e Frankfurt, bolsas locais registram ganhos de 0,64% e 0,62%, respectivamente.
Bolsas asiáticas fecharam em direções divergentes, refletindo certa cautela enquanto aguardam os números sobre o mercado de trabalho americano. Na China, a bolsa de Xangai contabilizou queda de 0,71%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng encerrou o dia com ganho de 0,26%. Em Tókio, o Nikkei fechou com valorização de 0,20%, mas não impediu que a bolsa local fechasse a semana com perda de 2,3%, o pior desempenho dos últimos três meses. A moeda japonesa é negociada a 104,96 ienes por dólar, contra ¥104,77/US$ na tarde de ontem. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com ganho de apenas 0,1%, após passar a maior parte do pregão em baixa.
O mercado de commodities foi favorecido pelos resultados da balança comercial chinesa de dezembro. As exportações vieram em linha com as previsões (+4,3% A/A), enquanto as importações surpreenderam positivamente (+8,3% contra 5,0% A/A do consenso), num sinal de que a demanda chinesa se fortalece. Commodities em geral operam em alta (índice total: +0,36%), com destaque para metais (+0,57%), agrícolas (+0,10%) e metais preciosos (+0,31%). O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 92,61/barril, +1,05%.
No Brasil, investidores deverão aguardar a divulgação do relatório do mercado de trabalho para definirem uma estratégia. Os dados de emprego americano também devem afetar os mercados de câmbio e juros. Um mercado de trabalho americano mais forte pode fortalecer apostas na aceleração do fim dos estímulos monetários, fortalecendo o dólar frente às demais moedas. Isso levaria a enfraquecimentos adicional do real. Na curva de juros futuros, destaque para o IPCA de dezembro (consenso: 0,82% M/M), que será divulgado nesta manhã. Um número acima do consenso poderá favorecer apostas de 0,50 pp de alta no Copom da semana que vem.
Superintendência de Economia
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