Hoje na Economia 10/01/2017

Hoje na Economia 10/01/2017

Edição 1682

10/01/2017

O dólar se enfraquece, o juro das treasuries em alta e moeda japonesa mais forte revelam um investidor mais cauteloso no dia de hoje, à espera da primeira coletiva de imprensa oficial do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, prevista para amanhã, em horário a ser definido.

As bolsas na Ásia fecharam sem direcional único, preocupados com comentários críticos a fabricantes asiáticos que possa comprometer a perspectiva da região. O índice MSCI Asia Pacific fechou em alta de 0,2%. No Japão, a cautela "pré-Trump" levou o iene a avançar frente ao dólar, derrubando as ações das exportadoras. O índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, fechou em baixa de 0,79%. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,30%, diante da queda de papeis de infraestrutura e defesa. Os últimos dados chineses de inflação mostraram que os preços aos produtores subiram bem mais do que o esperado em dezembro (5,5% A/A contra 4,8% projetados), sugerindo que o processo de reativação econômica continua em andamento no setor industrial. Por outro lado, não há sinais convincentes de que esse maior dinamismo já atingiu a demanda. O índice de preços ao consumidor subiu 2,1% em dezembro na comparação anual, aumentando em ritmo mais baixo que os 2,3% anuais de novembro. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em alta de 0,83%.

Na Europa, predomina também certa cautela na abertura dos negócios. O índice pan-europeu de ações, STOXX 600, registra queda de 0,38%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 opera com alta de 0,14%; em Paris, o CAC40 recua 0,35%; em Frankfurt, o DAX perde 0,11%. O euro é cotado a US$ 1,0597, contra US$ 1,0571 de ontem à tarde.

O dólar se enfraquece em relação às principais moedas, com alguns investidores preferindo desfazer apostas na valorização da moeda antes da primeira coletiva de imprensa do presidente Donald Trump. O índice DXY, que segue o valor do dólar ante uma cesta de moedas, recuou para 101,84 pontos, contra 102,22 pontos de ontem pela manhã. A Treasury de 10 anos é remunerada a 2,372% ao ano, contra 2,410% de ontem pela tarde. O futuro de ações do índice S&P 500 opera em baixa de 0,10%, nesta manhã.

Os futuros de petróleo operam perto da estabilidade, após as perdas de ontem O contrato futuro para entrega em fevereiro do produto tipo WTI é negociado a US$ 52,02/barril, com alta de 0,12%. O índice Geral de Commodity Bloomberg registra valorização de 0,32%, com destaque para metais básicos (+0,65%) e agrícolas (+0,55%).

A alta das commodities, nesta manhã, pode ajudar a Bovespa, em que pese à postura defensiva observada nas principais bolsas de ações internacionais, em virtude da esperada entrevista coletiva a ser concedida por Donald Trump, amanhã. O dólar deve se manter enfraquecido, não só pela tendência global, como também pelos dados de fluxo após anuncio de captação pela Petrobrás. No mercado de juros, enquanto se aguarda pelo IPCA de dezembro, amanhã, os dados de vendas ao varejo podem movimentar apostas em relação ao Copom. Segundo as projeções do mercado, as vendas do varejo restrito, em novembro, subiram 0,3% M/M e recuaram 5,3% A/A.

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