Hoje na Economia 10/01/2018

Hoje na Economia 10/01/2018

Edição 1929

10/01/2018

Mercados de ações optam por uma pausa no recente movimento de alta, para realização de lucros, enquanto os investidores avaliam os desdobramentos da consolidação do crescimento mundial sobre os demais ativos financeiros.

Com muitas economias crescendo acima de seu potencial, aumentam as expectativas em torno da inflação, que pode ganhar força ao longo dos próximos meses. Os yields dos títulos soberanos se encontram em alta, com destaque para a Treasury de 10 anos que na sexta-feira encontrava-se em 2,46% ao ano, subindo para 2,558% nesta manhã, o maior patamar dos últimos dez meses. O dólar perde força frente às principais moedas. O índice DXY recua 0,21% no momento. No mercado futuro de ações, os principais índices operam em queda no momento: Dow Jones -0,15%; S&P 500 -0,20%; Nasdaq -0,22%.

Na Ásia, bolsas da região fecharam sem direção única no pregão de hoje. No Japão, prosseguiu a valorização do iene diante do dólar, por conta da decisão do Banco do Japão (BoJ) de reduzir a compra de bônus do governo japonês. Moeda local mais forte derrubou as ações das empresas exportadoras, levando o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio, a fechar com perda de 0,26%. O dólar recuou a 111,91 ienes na sessão asiática, de 112,63 ienes de ontem à tarde. Na China, a inflação ao consumidor fechou 2017 com alta de 1,8%, ficando abaixo do esperado pelos analistas (1,9%). O índice Composto de Xangai teve valorização de 0,23%, nesta quarta-feira. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,20%. Em Seul, o Kospi teve queda de 0,42%, enquanto o Taiex de Taiwan recuou 0,77%, ambas as bolsas afetadas pela desvalorização das ações de tecnologia.

Na Europa, mercados locais também optaram por realizar lucros, fazendo uma pausa nos movimentos de alta das últimas semanas. Preocupações com o desenrolar das negociações políticas na Alemanha e na Inglaterra também contribuíram para uma postura defensiva no dia de hoje. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,13%, no momento Em Londres, o FTSE100 sobe 0,11%; em Paris o CAC40 encontra-se estável; em Frankfurt, o DAX mostra desvalorização de 0,24%. O euro é negociado a US$ 1,1953, subindo em relação à cotação de US$ 1,1935 de ontem à tarde.

No mercado de petróleo, os contratos futuros renovaram as máximas dos últimos três anos durante a madrugada, depois que a American Petroleum Institute (API) estimou queda de 11,2 milhões de barris nos estoques dos EUA, ocorrido na semana passada. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 63,52/barril, com alta de 0,76%, no momento.

Petróleo em alta e China não atrapalhando, a Bovespa pode retomar sua trajetória rumo aos 80 mil pontos, após o movimento de realização de lucros ocorrido ontem. No mercado de juros, atenção para a divulgação do IPCA de dezembro, que deve mostrar alta de 0,30% no mês, fechando 2017 em 2,80%, abaixo do piso da meta de inflação. Esses dados podem dar força às projeções contemplando a continuidade do ciclo de corte da Selic até março, colocando-a em 6,5% ao ano.

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