Hoje na Economia 10/03/2014

Hoje na Economia 10/03/2014

Edição 985

10/03/2014

A cautela permeia as decisões dos investidores, neste início de semana. As tensões na Criméia voltaram a crescer no final de semana, enquanto na China, indicadores negativos da balança comercial e da inflação alimentam as preocupações com a desaceleração do país e com as chances de sustentar um crescimento de 7,5% ao ano.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou com queda de 1,1%, puxado principalmente pelas bolsas da China. Em Xangai, o índice Shanghai Composto perdeu 2,86%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong apurou queda de 1,75%. No Japão, o índice Nikkei recuou 1,01% no pregão de hoje, com os investidores preocupados com a crise na Criméia, mas também preferindo aguardar as decisões de política monetária do Banco do Japão (BoJ), que se inicia hoje. O dólar manteve a valorização frente ao iene japonês após a divulgação, na sexta-feira, dos bons resultados do mercado de trabalho americano em fevereiro. A moeda americana é cotada a 103,28 ienes, próximo ao valor de 103,30 ienes do final de sexta-feira.

Na Europa, enquanto se espera por novos lances na disputa russo-ucraniana, investidores buscam bons negócios, mantendo os principais mercados de ações da região operando em alta. O índice pan-europeu de ações registra ganho de 0,22%, no momento. Em Londres, Paris e Frankfurt, bolsas locais registram valorizações de +0,40%, +0,89% e +0,05%, respectivamente. O euro é cotado a US$ 1,3875, mantendo-se próximo à cotação de sexta-feira á tarde (US$ 1,3876).

Os índices futuros das bolsas americanas, S&P e D&J mostram discretas quedas nesta manhã: -0,09% e 0,11%, respectivamente. O dólar encontra-se estável diante das principais moedas (dólar index em 79,765, +0,06%), enquanto o juro pago pela Treasury de 10 anos flutua em torno de 2,79% ao ano. A agenda econômica americana não contempla, no dia de hoje, a divulgação de nenhum indicador com força para movimentar os mercados.

No mercado de commodities, os temores quanto à desaceleração da economia chinesa derrubam os preços dos principais produtos. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 101,33 com queda de 1,22%, nesta manhã. Commodities metálicas perdem 1,34%, agrícolas -0,96% e metais preciosos -0,10%.

Os prognósticos não são favoráveis a Bovespa no dia de hoje. Mercado brasileiro deve reagir negativamente aos fracos dados divulgados na China, neste final de semana. O real deve perder frente ao dólar, acompanhando a tendência das principais moedas emergentes por conta da queda nos preços das principais commodities. No mercado de DIs futuros, a volatilidade deve imperar. A postura do Banco Central, dependente dos dados para a próxima decisão, fará com que o mercado reaja a cada novo indicador divulgado. No caso hoje, o IGP-DI de fevereiro, que segundo o consenso do mercado deve registrar alta de 0,63%, subindo ante ao dado de janeiro (0,40%).

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