Hoje na Economia 10/03/2015

Hoje na Economia 10/03/2015

Edição 1229

10/03/2015

Mercados financeiros seguem em tom de cautela, com aumento de aversão ao risco após os dados econômicos chineses.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, com o índice MSCI Ásia Pacífico recuando 0,9%. Houve queda de -0,49% na bolsa de Xangai e -0,67% no índice Nikkei225 de Tóquio. A inflação ao consumidor na China veio acima do esperado (1,4% A/A contra expectativa de 1,0% A/A), porém a inflação ao produtor veio abaixo do esperado (-4,8% A/A contra expectativa de -4,3% A/A), sendo o menor número desde outubro de 2009. O último dado foi visto com mais preocupação pelo mercado financeiro, pois indica maior ociosidade na economia. O iene está perdendo valor diante do dólar, -0,40%, estando a ¥/US$ 121,63, o nível mais depreciado desde 2007.

Na Europa, os yields dos principais títulos soberanos seguem caindo, em resposta ao início do programa de compra de ativos pelo Banco Central Europeu (BCE), que promete injetar cerca de 60 bilhões de euros por mês. Muitos títulos de países centrais operam com yields negativos. O euro é negociado a US$ 1,0761 no momento, desvalorizando 0,83%. As negociações com o governo grego em relação ao pacote de ajuda econômica seguem preocupando os mercados. No mercado de ações, o índice STOXX600 recua -0,15%. Em Londres, o FTSE100 recua -0,68%; em Paris o CAC40 perde -0,58%; em Frankfurt o DAX30 cai -0,57%, no momento.

Nos Estados Unidos, os índices futuros do S&P e D&J sinalizam para mais um provável dia de baixas para o mercado acionário americano, registrando quedas de -0,62% e -0,62%, respectivamente, no momento. O juro pago pela Treasury de 10 anos situa-se em 2,176% ao ano, um recuo diante do dia anterior. O dólar ganha valor diante de quase todas as moedas, tanto de países desenvolvidos quanto emergentes. O índice DXY situa-se em 98,233, com alta de 0,66% nesta manhã.

Os preços das commodities caem nos mercados internacionais. O índice UBS/Bloomberg recua -0,95%, com queda mais forte nos preços de commodities metálicas (-1,59%), devido aos dados chineses. No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 49,69/barril, com queda de -0,62%, neste momento.

O primeiro decêndio do IGP-M subiu 0,74%, acima do esperado (0,62%), indicando um possível efeito do câmbio nos preços. Os problemas políticos e econômicos internos devem seguir sendo fonte de preocupação para os investidores, que já estão mais avessos ao risco no dia de hoje. A taxa de câmbio brasileira deve ter mais um dia de depreciação, sendo que ontem chegou a R$/US$ 3,12, o maior nível desde 2004. Os juros futuros devem seguir subindo, em especial os vencimentos mais curtos, à medida que o mercado começa a temer uma ação do Banco Central para tentar conter essa depreciação do real (um possível choque de juros). A bolsa brasileira deve ter mais um dia de queda também.

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