Hoje na Economia 10/03/2017

Hoje na Economia 10/03/2017

Edição 1721

10/03/2017

Investidores tocam os negócios, nesta manhã, com certo otimismo enquanto aguardam os dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, que terão forte influência nas decisões de política monetária do Fed. São grandes as expectativas de que o Fed volte a elevar os juros na reunião da próxima semana.

Segundo o consenso do mercado, o relatório de emprego deve mostrar a criação de 215 mil novos postos de trabalho em fevereiro, volume pouco abaixo do criado no mês anterior (237 mil). A taxa de desemprego deve recuar de 4,8% para 4,7% com o novo dado.

O yield da Treasury de 10 anos recua 0,06% no momento, após as altas de ontem, situando-se em 2,604% ao ano. O índice DXY, que avalia o comportamento do dólar frente a uma cesta de moedas, não mostra uma tendência clara. O futuro do índice de ações S&P 500 opera com alta expressiva (+0,32%), nesta manhã.

As bolsas asiáticas fecharam sem direcional único nesta sexta-feira. Influenciou os negócios na região a sinalização do Banco Central Europeu (BCE) de que não pretende mais ampliar estímulos monetários, enquanto se aguarda pelos novos dados do mercado de trabalho dos EUA. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1,48%, atingindo o maior nível desde dezembro de 2016, influenciado pelos sinais dados pelo BCE que alimentaram as expectativas de um ambiente de juros mais elevados, favorecendo as ações do setor financeiro negociadas no mercado japonês. O iene se enfraqueceu frente às principais moedas, sendo negociado a 115,38 ienes por dólar, contra 114,95 ienes de ontem à tarde. Na China, o dia foi de estabilidade nos principais mercados acionários, após o presidente do banco central chinês (PBoC) prever que o yuan deverá permanecer estável ao longo deste ano. Em Xangai, o índice Composto apurou queda de 0,12%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong subiu 0,29%.

Na Europa, o índice de ações STOXX600 opera em alta de 0,42%, enquanto Londres sobe 0,45%; o mercado de ações de Paris avança 0,52%; em Frankfurt o índice de ações DAX tem valorização de 0,54%. O euro é cotado a US$ 1,0616, subindo em relação ao valor de US$ 1,0589 no fim da tarde de ontem.

No mercado de commodities, o índice Bloomberg de Commodity sobe 0,21%. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 49,66/barril, com valorização de 0,77%, buscando se recuperar após as fortes quedas dos últimos dois dias, decorrente da elevação dos estoques de petróleo dos EUA.

O mercado doméstico de juros futuros e o mercado de câmbio serão afetados sobremaneira, no dia de hoje. Serão influenciados pela divulgação do relatório de emprego dos EUA, que se vier mais forte pode alimentar suspeita de uma ação mais vigorosa por parte do Fed. Internamente, será divulgado o IPCA de fevereiro, que deve mostrar inflação tranquila para o período (0,43% no mês e 4,86 em 12 meses, segundo o consenso do mercado), atenuando as pressões sobre os juros futuros. No âmbito político, a “lista de Janot”, que deve pegar ministros e aliados do governo Temer, ficou para segunda-feira. Tudo isso em meio ao mau humor quanto às chances da reforma da Previdência, cada vez mais ameaçada.

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