Hoje na Economia 10/06/2013

Edição 804

10/06/2013

Os indicadores de atividade (produção industrial e vendas do comércio) e do setor externo (exportações e importações) divulgados neste final de semana, na China, reforçam o cenário de um crescimento moderado para a economia chinesa no 2º trimestre. Todos os dados vieram abaixo do esperado pelos analistas, reforçando avaliações de que sem fortes medidas de estímulos oficiais, o aumento das pressões desinflacionarias deverá resultar em desaceleração do crescimento nos próximos trimestres.

Ante esse cenário, as commodities em geral abrem o dia em queda. O índice total de commodities recua 0,53% no momento, com metais perdendo 0,96% e agrícolas 0,53%. O mercado de petróleo também opera em queda, com o produto tipo WTI sendo negociado a US$ 95,58/barril, com queda de 0,47% no momento.

Em contrapartida, o dólar se valoriza frente às principais moedas, ante a expectativa de que a economia americana vem ganhando força. O dólar index registra alta de 0,20%, enquanto a treasury de 10 anos remunera com juro de 2,185% ao ano. O mercado de ações deverá operar em alta, conforme se depreendem das valorizações apresentadas, nesta manhã, pelos futuros dos índices S&P e D&J, que registram altas de 0,38% e 0,30%, respectivamente, no momento.

Na Europa, após três semanas de perdas, o mercado de ações esboça reação nesta manhã. O índice STOXX600 opera com ganho de 0,15% nesta manhã. Em Londres, o índice FTSE100 registra valorização de 0,09%, enquanto o CAC40 de Paris encontra-se estável, o DAX30 de Frankfurt opera com alta de 0,89%. O euro é negociado a US$ 1,3218, ligeiramente acima da cotação de sexta-feira á tarde (US$ 1,3213).

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou o pregão com alta de 1,3%. Esse desempenho deveuse em grande parte a bolsa japonesa, onde o índice Nikkei apurou valorização de 4,94%. O fortalecimento do dólar e a divulgação de dados mostrando que a economia japonesa cresceu no 1º trimestre acima do esperado estimularam as compras de papeis de exportadores e de instituições financeiras. O iene que era cotado a ¥97,59/US$ na tarde de sexta-feira, é negociado a ¥98,75/US$, nesta manhã. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,18%, com muitos investidores esperando que o banco central chinês adote medidas de flexibilização monetária, após o final dos feriados chineses, nesta semana.

Os fracos resultados econômicos apresentados pela economia chinesa, principalmente o desempenho medíocre das exportações e queda das importações, devem manter deprimidos os mercados de commodities em geral, prognosticando um provável dia de baixa para a Bovespa. No mercado de câmbio, as pressões para desvalorização do real devem se intensificar, neste dia em que o dólar volta a se valorizar frente às principais moedas. No mercado de juros, as alterações de humor dos investidores estrangeiros devem manter volátil a curva de juros, principalmente nos vencimentos mais longos.

Superintendência de Economia
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