Hoje na Economia – 10/06/2021

Hoje na Economia – 10/06/2021

Mercados financeiros operam sem direção única e com variações pouco intensas, à espera do dado de inflação ao consumidor que sairá nos EUA mais tarde. Investidores seguem divididos na análise se a inflação mais alta será transitória ou permanente.

Na Ásia as bolsas em sua maioria subiram, após notícias de que o governo dos EUA deve deixar de banir apps chineses como Tik Tok e Wechat e que conversas entre representantes dos governos dos dois países sobre a guerra comercial avançaram. Houve alta de 0,4% no índice regional MSCI Asia Pacific, com avanços de 0,54% na bolsa de Xangai, 0,34% no Nikkei225 de Tóquio, 0,26% no KOSPI de Seul e 0,69% no SENSEX de Mumbai. O Hang Seng de Hong Kong, por outro lado, teve queda de -0,01%. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,10%, cotado a ¥/US$ 109,52, com a inflação ao produtor no Japão tendo surpreendido para cima ao ficar em 4,9% A/A contra mediana de projeções de 4,5% A/A. Os dados de crédito na China vieram mistos, com menor crescimento do crédito total do que esperado (1,9 trilhão de yuans, contra expectativa de 2,0 trilhões), mas com mais crescimento do crédito bancário (1,5 trilhão contra 1,4 trilhão esperado).

Na Europa, as bolsas operam sem direção única, à espera do dado de inflação americano e da reunião do Banco Central Europeu, que também ocorre hoje (não é esperada mudança no comunicado ou no tamanho nos programas do BCE no momento). O índice pan-europeu STOXX600 tem alta de 0,04%, junto com avanços de 0,39% no FTSe100 de Londres e 0,19% no DAX de Frankfurt. Por outro lado, há queda de -0,03% no CAC40 de Paris. O euro está se desvalorizando diante do dólar, -0,10%, cotado a US$/€ 1,2169.

Os índices futuros de ações nos EUA operam em sua maioria em alta antes do dado de inflação ser divulgado. Há avanços de 0,22% no Dow Jones, 0,08% no S&P500 e queda de -0,22% no NASDAQ. O dólar está com comportamento misto diante de outras moedas, com o índice DXY subindo 0,10% devido a ganhos contra euro, libra e moedas asiáticas, mas perdendo valor diante de moedas de países emergentes e o iene. Os juros futuros americanos estão se recuperando um pouco após a forte queda de ontem, subindo 1 pb e voltando para 1,50% a.a. no caso da Treasury de 10 anos. Hoje o dado mais importante é de inflação ao consumidor de maio, com a mediana de projeções sendo de alta de 0,5% M/M no índice cheio e núcleo, que deve fazer a variação A/A subir para 4,7% A/A e 3,5% A/A nesses índices, respectivamente, contra 4,2% A/A e 3,0% A/A no mês anterior.

Os preços de commodities operam sem direção única hoje também. O índice geral da Bloomberg tem queda de -0,12%, puxado por recuos de -0,72% no ouro, -0,85% na prata, -1,49% no açúcar e -1,03% no trigo. Por outro lado, há altas nas commodities metálicas (níquel 1,08%, ferro 0,64%, cobre 0,15%) e no petróleo, com o barril WTI sendo negociado a US$ 70,07, um avanço de 0,16%.

No Brasil, hoje não será divulgado nenhum dado econômico de relevância. Ontem houve avanços em reformas estruturais, com a formação de comissão mista para discutir a reforma administrativa. Hoje o relator da MP da Eletrobras no Senado deve apresentar seu parecer. Mercados brasileiros devem ter alta, com o ambiente global menos preocupado com inflação nos EUA e benéfico para emergentes. O real deve se valorizar, a bolsa deve subir e os juros futuros caírem.

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