Hoje na Economia 10/07/2013

Hoje na Economia 10/07/2013

Edição 825

10/07/2013

O dia começa com más notícias vindas da China: as exportações e importações chinesas, em junho, recuaram 3,1% e 0,7%, respectivamente, frente a igual mês de 2012, ficando muito abaixo das estimativas do mercado. Esse dado afetou negativamente os mercados asiáticos, mas ainda assim o índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com alta de 0,8%. Na China, a fraqueza dos dados, acentuando o pessimismo com o desempenho da economia no 2º trimestre, alimentou rumores sobre possíveis medidas de estímulos a serem adotadas pelo governo chinês. Animada com essa perspectiva, a bolsa de Xangai encerrou o pregão com alta de 2,17%, enquanto Hong Kong registrou valorização de 1,07%. No Japão, o iene ganhou força frente às principais moedas, ante a expectativa de que o banco central japonês poderá limitar os estímulos monetários diante da recuperação que a economia vem apresentando. O iene que chegou a ser negociado a 101,98 ienes por dólar ontem recuou para 100,17 ienes, nesta manhã. O índice Nikkei fraquejou após a valorização do iene, fechando em queda de 0,39%.

Além dos dados já divulgados na China, mercados aguardam com ansiedade a divulgação da ata da reunião do Fed/Fomc de junho (15hs) e o discurso de Ben Bernanke em Boston (17h10), que devem alimentar a cautela dos investidores no dia de hoje. Espera-se que o documento traga mais detalhes sobre o momento em que irá se iniciar a redução do QE3. Deve reforçar também o fato de que a política monetária continuará expansionista, mantendo os juros próximos a zero por muito tempo. Os futuros das bolsas S&P e D&J registram no momento – 0,09% e -0,02%, respectivamente. O dólar index recua 0,27% nesta manhã, enquanto o juro pago pela treasury de 10 anos situa-se em 2,64% ao ano.

Na Europa, as bolsas locais operam no vermelho ainda sob impacto do enfraquecimento da economia chinesa. O índice STOXX600 recua 0,32% no momento, seguido por Londres -0,32%; Paris -0,52% e Frankfurt -0,32%. O euro troca de mãos a US$ 1,2821 (+0,32% no momento), se valorizando ante a cotação de US$ 1,2785 de ontem à tarde.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 104,78/barril, com alta de 1,22% no momento, o maior nível atingido nos últimos 14 meses, por conta de especulações sobre forte diminuição nos estoques do produto em poder dos EUA. Demais commodities também operam no azul: metais sobem 0,93%, enquanto agrícolas ganham 0,22%, nesta manhã.

No Brasil, as atenções estarão voltadas para a reunião do Copom, que deve anunciar, ao final do dia, uma nova alta de 0,50 pp na Selic, elevando-a para 8,50%, segundo a aposta da maioria esmagadora do mercado. Esse movimento é justificado ante o quadro inflacionário desconfortável e das pressões oriundas da valorização do dólar. A Bovespa deve seguir os principais mercados, operando de lado á espera da ata da reunião do Fomc de junho, para então definir um direcional.

Superintendência de Economia
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