Hoje na Economia – 10/07/2024
Cenário Internacional
Nos EUA, o discurso de Powell ontem no Senado teve tom percebido como mais dovish pelos mercados. O Presidente do Fed reconheceu que a inflação não é o único risco monitorado pela autoridade monetária, e que mais dados benignos de inflação aumentariam a confiança no processo desinflacionário. Powell também reconheceu que o mercado de trabalho começa a dar sinais de acomodação e que, apesar da continuidade da resiliência, não se encontra superaquecido.
Nesta madrugada, houve divulgação dos dados de inflação referentes a junho na China. Os preços ao produtor caíram 0,8% A/A, conforme esperado pelos analistas, enquanto a inflação ao consumidor surpreendeu para baixo a expectativa consensual do mercado (0,2% A/A vs. 0,4% A/A).
Para hoje a agenda internacional inclui o testemunho de Powell no Congresso e discursos de Goolsbee e Bowman, do Fed. No front da atividade, será divulgada a leitura final dos estoques no atacado em maio, nos EUA.
Cenário Brasil
No âmbito local, o destaque da agenda de hoje foi a divulgação do IPCA de junho, que registrou variação de 0,21% M/M, abaixo do esperado pela SulAmérica Investimentos (0,29% M/M) e da projeção mediana do mercado (0,30% M/M). Na comparação interanual, a inflação acumula alta de 4,23%. A surpresa baixista do dado de junho foi explicada pelos preços livres, e teve maior contribuição de alimentação no domicílio, que subiu em ritmo menos intenso do que o esperado. A composição qualitativa, em especial na parte de serviços, não trouxe surpresas significativas. Os serviços subjacentes variaram 0,36% M/M, em linha com a expectativa.