Hoje na Economia – 10/08/2021

Hoje na Economia – 10/08/2021

Os mercados financeiros operam majoritariamente com leve alta na manhã de terça-feira. Ainda há preocupações em alguns mercados sobre ritmo de crescimento global com variante Delta de Covid-19 aumentando número de casos e hospitalizações em diversos países. Além disso, ontem o presidente do Fed de Atlanta, Rafael Bostic, disse que mais um ou dois meses de crescimento no emprego como visto no dado do payroll da semana passada devem fazer o Fed diminuir o ritmo de compras.

Na Ásia, a maior parte das bolsas fechou em alta. O índice regional MSCI Asia Pacific subiu 0,3%. Houve alta em especial na bolsa de Xangai (1,01%) e no Hang Seng de Hong Kong (1,23%), com avanços em empresas de tecnologias, após diversos pregões de queda, com investidores buscando barganhas mesmo com intervenções do governo chinês no setor. O índice Nikkei225 reabriu após feriado com alta de 0,24%. Por outro lado, o KOSPI de Seul teve queda de -0,53%. O iene está se depreciando diante do dólar, -0,22%, cotado a ¥/US$ 110,53.

Na Europa as bolsas operam majoritariamente em alta. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,25%, com avanços de 0,08% no CAC40 de Paris e 0,12% no DAX de Frankfurt. Por outro lado, há queda de -0,18% no FTSE100 de Londres. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,14%, cotado a US$/€ 1,1721. A pesquisa ZEW na Alemanha veio abaixo do esperado nas expectativas (40,4 contra 55,0) e na situação atual (29,3 contra 31,0). Na Zona do Euro, a pesquisa ZEW mostrou queda entre julho e agosto, de 61,2 para 42,7.

Nos EUA, os índices futuros de ações S&P500 e Dow Jones estão em queda, de -0,08% e -0,03%, respectivamente, mas o NASDAQ está em alta de 0,12%. O dólar ganha valor contra as principais moedas, com o índice DXY subindo 0,16%. Contra moedas de países emergentes o ganho é menor, 0,09%. Os juros futuros estão em ligeira queda, com o yield da Treasury de 10 anos recuando 1 pb, para 1,31% a.a.. Hoje a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, membro não votante do FOMC, faz discurso às 10 horas.

A maior parte dos preços de commodities opera em queda hoje. No entanto, o índice geral da Bloomberg sobe 0,45%, influenciado pela recuperação no preço do petróleo e do ouro. O petróleo tipo WTI sobe 1,20%, negociado a US$ 67,28/barril, após a forte queda dos últimos dias. O ouro sobe 0,18% após a contração forte de ontem. Por outro lado, ainda há quedas substanciais de -2,78% no ferro, -3,12% no níquel, -1,04% no cobre e -1,00% no milho.

No Brasil, ontem o presidente Jair Bolsonaro enviou a MP que muda o Bolsa Família para Auxílio Brasil e a PEC dos precatórios ao Congresso. A MP aumenta o benefício médio em pelo menos 50% e o número de famílias para 17 milhões. A PEC dos precatórios limita o pagamento destes dependendo da receita corrente líquida do governo federal, parcelando os precatórios de maior valor. O fundo criado com receita de privatizações será usado para pagamento de dívidas e precatórios, não sendo usado para bônus do Auxílio Brasil, diferente do que era especulado na semana passada. A atualização do valor dos precatórios será feita sempre através da Selic. Hoje sairá a ata da reunião do Copom e o IPCA de julho, com expectativa de aceleração de 0,53% para 0,95% M/M. O IPC-FIPE da 1ª semana de agosto ficou acima das expectativas, com variação de 1,18% contra 0,98%. No Congresso, Arthur Lira prometeu para hoje a votação da PEC que pode determinar o uso do voto impresso nas eleições, porém a data pode mudar devido ao desfile de forças armadas que o presidente Bolsonaro agendou para ocorrer ao mesmo tempo, e que muitos parlamentares encaram como ação para pressionar sua votação. Os juros futuros devem reagir aos dados e eventos de hoje provavelmente tendo mais um dia de alta com pressão inflacionária e tensão política. O Ibovespa deve cair e o real pode se desvalorizar diante do dólar.

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