Hoje na Economia 10/10/2013

Edição 890

10/10/2013

Mercados financeiros ficam um pouco mais otimistas nessa manhã com a questão fiscal nos EUA, devido a notícias (de fontes não publicadas) de que os dois lados do congresso começam a formar um acordo para um aumento pequeno no limite do teto da dívida, para que as discussões possam prosseguir sem que os EUA entrem em default no dia 17.

As bolsas da Ásia tiveram leve alta hoje, com o índice MSCI Ásia Pacífico subindo 0,1%. A bolsa de Xangai, na China, teve queda de 0,94% enquanto o índice Nikkei225 do Japão teve alta de 1,12%, devido à desvalorização do iene diante do dólar (recuou 0,47% diante do dólar, cotado a ¥/US$ 97,80). A confiança do consumidor e os pedidos de máquinas de setembro no Japão também vieram acima do esperado, ajudando a bolsa a subir.

Na Europa, hoje foi divulgada a produção industrial francesa de agosto, que mostrou crescimento abaixo do esperado (0,2% M/M contra expectativa de 0,6% M/M). Mesmo assim as bolsas operam em alta, devido à expectativa de diminuição das incertezas em relação ao teto da dívida americana. O índice de ações pan-europeu STOXX600 está subindo 1,18%, e o CAC40 de Paris e o DAX30 de Frankfurt têm altas de 1,56% e 1,35%, respectivamente. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 1,10% no momento. O euro está com uma leve valorização diante do dólar, +0,08%, cotado a US$/€ 1,3575.

Nos EUA, hoje serão divulgados os dados de pedidos semanais de seguro desemprego (para os quais é esperada uma queda). A ata do FOMC de ontem indicou que a maioria dos membros acreditava que a diminuição no ritmo de compra de títulos deveria ser feita ainda esse ano, o que fez as taxas de juros subirem. Além disso, a expectativa melhor em relação às discussões no congresso americano fazem os índices futuros das bolsas subirem pela manhã. O S&P 500 sobe 0,92% e o Dow Jones 0,83%. O índice DXY, que mede o valor do dólar contra as principais moedas, está com alta de 0,02%. Os juros de 10 anos nos EUA sobem hoje, para 2,70% a.a..

Os preços de commodities têm alta hoje. O índice UBS/Bloomberg sobe 0,54%. O preço do petróleo tipo WTI sobe 0,44%, com o barril valendo US$ 102,05.

No Brasil, já foi divulgado o dado da primeira prévia do IGP-M de outubro, que ficou em 0,85% contra expectativa de 0,86%. A primeira prévia mostrou recuo em relação aos dados do mês anterior, condizente com a apreciação cambial que foi vista nas últimas semanas. Ontem o Copom subiu os juros em 50 pb em um comunicado lacônico e igual aos anteriores, indicando continuidade do ciclo de aperto monetário por mais tempo e não redução do passo imediatamente. Dessa forma, a curva futura de juros no Brasil deve subir nos vencimentos mais curtos, podendo haver diminuição da inclinação (juros curtos sobem mais que longos, uma vez que BC está mais ortodoxo e correção de curso pós-eleição deve ser menor). A bolsa brasileira deve subir junto com as do exterior, na expectativa de diminuição dos riscos políticos nos EUA e também devido à maior ortodoxia da política econômica. O real deve se valorizar diante das outras moedas hoje, devido ao aumento do diferencial de juros e dos preços de commodities.

Superintendência de Economia
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