Hoje na Economia 10/10/2014

Hoje na Economia 10/10/2014

Edição 1133

10/10/2014

Mercados de ações, commodities, principalmente petróleo, operam em queda diante de temores de que o crescimento da economia mundial perde força, trazendo de volta riscos de nova recessão global.

Em um dia típico de aversão ao risco, os investidores buscam refúgio em porto seguro, como os títulos do tesouro americano. O juro do T-Bond de 10 anos situa-se em 2,30% no momento, enquanto o dólar retoma a trajetória de alta frente às principais medas (dólar index: +0,15%). As perspectivas para o mercado acionário americano não são positivas, a se ver pela abertura dos futuros do S&P e D&J que registram quedas de 0,68% e 0,73%, respectivamente, no momento.

Na Europa, também prevalece um ambiente pouco favorável a ativos de risco. Expectativa de que a economia da região caminha para a recessão e que o Banco Central Europeu não dispõe de instrumentos suficientes para estimular a economia derruba o mercado de ações. O índice STOXX600 registra queda de 1,88%, nesta manhã. Demais praças também apresentam fortes quedas: Londres -1,58%; Paris -1,83% e Alemanha -2,35%. O euro troca de mãos a US$ 1,2660 contra US$ 1,2692 na tarde de ontem.

Na Ásia, mercados também fecharam no negativo, prevalecendo o pessimismo em relação ao desempenho da economia mundial nos próximos meses. O índice MSCI Asia Pacifica perdeu 1,5% na sessão de hoje. Na China, o índice Hang Seng de Hong Kong caiu 1,90%, anulando os ganhos acumulados na semana. Além da interrupção do dialogo do governo com os líderes do protesto, pesou também os temores de que a desaceleração europeia empurre a economia mundial para a recessão. A bolsa de Xangai apurou perda de 0,62%. No Japão, o índice Nikkei perdeu 1,15% no pregão de hoje, fechando a terceira semana consecutiva com perdas. O comportamento de hoje refletiu as quedas das bolsas em Nova York, a desvalorização do dólar ante ao iene e a cautela dos investidores, que não querem passar posicionados o feriado prolongado deste final de semana. A moeda americana é cotada a 107,64 ienes, contra 107,94 do final da tarde de ontem.

Em um ambiente em que prevalece a expectativa de baixo crescimento global prevalece movimento de vendas nos mercados de commodities em geral. O petróleo tipo WTI recua 1,41% no momento, com a cotação atingindo US$ 84,58/barril. Demais commodities também operam no vermelho: metais -0,91%; agrícolas -0,64% e metais preciosos -0,31%.

No mercado doméstico, há muitos motivos para um movimento de realização na Bovespa. Além do quadro de aversão ao risco que contamina os mercados internacionais, as pesquisas eleitorais não confirmaram a liderança folgada de Aécio, de mais de dez pontos, que rumores e institutos de pesquisas menores andaram apregoando no dia de ontem. Pelo Ibope e Data folha, os candidatos estão tecnicamente empatados. Em uma agenda doméstica esvaziada em termos de indicadores, o mercado de juros futuros, bem como o de câmbio, deve seguir o desempenho do dólar e dos Treasuries a fim de definir uma direção para hoje.

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