Hoje na Economia – 10/10/2020

Hoje na Economia – 10/10/2020

Bolsas globais se recuperam, de forma geral, das quedas de ontem, mas com ímpeto de crescimento baixo devido a incertezas em relação ao pacote fiscal dos EUA, que não avança devido a divergências entre Republicanos e Democratas acerca de seguro para empresas contra processos causados por Covid-19 e ajuda a estados.

Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em queda. O índice regional MSCI Asia Pacific recuou -0,5%, com quedas de -0,23% no índice Nikkei225 de Tóquio, -0,35% no Hang Seng de Hong Kong e -0,33% no KOSPI de Seul. A bolsa de Xangai, por outro lado, teve leve alta de 0,04%. É importante frisar que os níveis dessas bolsas ainda estão bastante elevados ou próximos dos recordes históricos. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,23%, cotado a ¥/US$ 104,47.

Na Europa, as bolsas operam em alta. O índice pan-europeu STOXX600 tem avanço modesto, de 0,03%, porém há ganhos de 0,60% no FTSE100 de Londres, 0,40% no CAC40 de Paris e 0,15% no DAX de Frankfurt. A reunião entre os líderes do Reino Unido e da União Europeia terminou sem avanço nas negociações sobre Brexit, com a data limite se aproximando. Isso faz a libra perder bastante valor diante do dólar, -0,64%, cotada a US$/£ 1,3313. O euro, por sua vez, se valoriza diante do dólar, +0,21%, cotado a US$/€ 1,2106. Hoje ocorre a reunião do Banco Central Europeu, com expectativa de aumento do estímulo quantitativo, em cerca de € 500 bi, para combater a desaceleração causada pelo aumento de casos de Covid-19.

Nos EUA os índices futuros de bolsas estão em alta nos casos do Dow Jones (0,18%) e do S&P500 (0,15%). O futuro do NASDAQ recua -0,04% após a notícia de ontem de que o Facebook será processado por órgão regulador de concorrência. O dólar está operando sem direção única contra outras moedas, com o índice DXY recuando -0,08%, com ganhos de divisas de países exportadores de commodities contra o dólar americano em especial. Os juros futuros estão caindo ligeiramente, com o yield da Treasury de 10 anos recuando 1 pb, para 0,92% a.a.. Hoje o órgão regulador (FDA) deve ter reunião sobre a vacina fabricada pelas empresas Pfizer/BioNTech. No campo econômico, os pedidos semanais de seguro desemprego devem subir de 712 mil para 725 mil enquanto a inflação ao consumidor deve subir na margem de 0,0% M/M para 0,1% M/M, mas deve recuar na comparação A/A tanto no índice cheio (de 1,2% A/A para 1,1% A/A) quanto no núcleo (de 1,6% A/A para 1,5% A/A).

Os preços de commodities operam em sua maioria em alta. O índice geral da Bloomberg avança 0,36%, com altas de 0,66% no petróleo tipo WTI (cotado a US$ 45,81/barril) e 4,23% no minério de ferro (superando a barreira de US$ 150/ton).

No Brasil, hoje será divulgado o dado de vendas no varejo no Brasil, que devem ter desacelerado na margem de +0,6% M/M para +0,1% M/M no conceito restrito. Ontem o Copom manteve a taxa de juros em 2%, mas sinalizou que o forward guidance pode sair nos próximos meses, à medida que o horizonte relevante de política monetária passa de 2021 para 2022. Apesar de o Copom afirmar que os juros não devem subir imediatamente após a retirada do forward guidance, o mercado deve ler o comunicado como hawkish. A curva de juros futuros deve ficar mais plana, com queda nos juros longos e alta nos curtos. O real deve se valorizar com essa leitura hawkish, e também com o anúncio de swap de 16 mil contratos ontem. O Ibovespa, por sua vez, deve subir, acompanhando os mercados globais e com ajuda de alta de preços de commodities.

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