Hoje na Economia 10/11/2016

Hoje na Economia 10/11/2016

Edição 1641

10/11/2016

Superada a surpresa com a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, investidores se mostram animados com a proposta de expansão dos gastos fiscais em infraestrutura, que poderá acelerar o crescimento americano, impulsionando a economia mundial.

Na Ásia, mercados fecharam em forte alta, apagando as pesadas perdas da sessão anterior. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific apurou ganho de 3,2%, no pregão de hoje. A bolsa de Tóquio, que tinha fechado ontem com queda de 5,36%, subiu 6,72%, segundo o índice Nikkei. O iene operou relativamente estável ao longo do pregão asiático, com o dólar valendo 105,76 ienes, mantendo-se no mesmo patamar de ontem à tarde. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,37%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong teve valorização de 1,89%, nesta quinta-feira.

Na Europa, bolsas dão prosseguimento ao movimento de recuperação que se seguiu após a assimilação pelos investidores da vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial americana. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, registra ganho de 1,08%, nesta manhã. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,95%; em Paris o CAC40 avança 0,98%; em Frankfurt o DAX ganha 1,04%. O euro é negociado a US$ 1,0921, com fracas oscilações em torno do patamar de ontem à tarde (US$ 1,0924).

Em relação aos ativos norte-americanos, o yield pago pela Treasury de 10 anos sustentou boa parte do avanço observado no dia de ontem. No momento, situa-se em 2,024% ao ano, com queda de 1,25%. O dólar se estabilizou em relação às principais moedas (índice DXY situa-se em 98,556 pontos, contra 97,294 de ontem de manhã). O índice futuro de ações S&P 500 opera com valorização de 0,66%, indicando prosseguimento da tendência de alta ocorrida no pregão de ontem.

No mercado de commodities, o contrato futuro para entrega em dezembro do petróleo tipo WTI é cotado a US$ 45,14/barril, com queda de 0,29%, nesta manhã. O índice Geral de Commodity da Bloomberg registra avanço de 1,09%, com destaque para metais básicos que sobem 2,27%.

Enquanto os mercados das economias avançadas mostram-se mais otimistas com as perspectivas do governo de Trump, os emergentes ainda não se sentem seguros sobre os impactos em suas economias. Isso se reflete nas moedas que sofreram muito ontem (lira turca e peso mexicano), e hoje esboçam reação moderada. A cautela ainda deve prevalecer entre os ativos brasileiros, mas provavelmente, a Bovespa deve voltara a operar no azul, estimulada não só pelo avanço das bolsas de Nova York, como também pela valorização das commodities metálicas. A agenda econômica prevê a divulgação, pelo IBGE, das vendas do comércio varejista nacional em setembro. Segundo o consenso do mercado, o volume vendido deve ter recuado 0,7% na comparação mensal e -5,5% em relação a igual mês do ano passado.

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