Hoje na Economia 10/11/2017

Hoje na Economia 10/11/2017

Edição 1890

10/11/2017

Mercados dão sequência ao mau humor que tomou conta dos investidores no dia de ontem, após circularem notícias de que o Senado norte-americano deve apresentar um plano tributário diferente do que havia sido anunciado na semana passada por deputados republicanos, propondo que o corte nos impostos de empresas seja adiado para 2019.

As preocupações com a reforma tributária derrubaram o valor do dólar ante as principais moedas, parcialmente recuperado nesta manhã. O índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a uma cesta de moedas, sobe 0,11% no momento. Os juros das Treasuries operam estáveis. O yield do T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,370% ao ano. As bolsas americanas, que bateram recordes de alta ao longo da semana, embaladas por bons resultados empresariais em linha com o crescimento mundial, voltaram para o vermelho em meio às dúvidas sobre a reforma fiscal de Donald Trump. No momento, os índices futuros das principais bolsas americanas registram fortes quedas: Dow Jones -0,13%; S&P 500 -0,26%; Nasdaq -0,19%.

Na Europa, mercados de ações abriram apresentando quedas marginais. O índice pan-europeu de ações STOXX600 registra discreta queda no momento (-0,02%). Padrão semelhante se observa nas principais bolsas da região: Londres -0,05%; Paris -0,12%; Frankfurt encontra-se estável. O euro recua para US$ 1,1636 de US$ 1,1644 no fim da tarde de ontem.

Preocupações com o avanço da reforma tributária nos EUA pesaram em algumas bolsas asiáticas, nesta sexta-feira. Em Tóquio, o índice Nikkei recuou pelo terceiro pregão seguido, fechando o dia com queda de 0,82%, com investidores preferindo realizar parte dos lucros obtidos com a valorização recente. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 113,51 ienes de 113,33 ienes no final da tarde de ontem. Também operaram no vermelho: Kospi de Seul (-0,30%); Hang Seng de Hong Kong (-0,05%). Taiex de Taiwan (-0,10%). Na China, bolsas fecharam em alta em meio à perspectiva de que Pequim abra mais o setor financeiro para investimentos externos. O índice Xangai Composto apurou valorização de 0,14%.

Após os ganhos de ontem, os futuros de petróleo operam em leve baixa nesta manhã, com investidores preocupados com a elevação da temperatura no Oriente Médio, com possível escalada do conflito entre Arábia Saudita e Irã. O barril de petróleo tipo WTI para dezembro é negociado a US$ 57,10, com queda de 0,10%, no momento.

No mercado doméstico, a Bovespa deve sofrer os efeitos do mau humor externo, que derruba as bolsas desde ontem, como também acusar as novas ameaças à reforma da Previdência em decorrência da crise do PSDB, que ocorre em momento que o governo Temer pensa em antecipar a reforma ministerial. Na agenda econômica, será divulgado o IPCA de outubro que deve subir para 0,49% de 0,16% em setembro. Acusando pressões pontuais, o índice não altera o quadro inflacionário favorável, não devendo influenciar nas expectativas para os juros.

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