Hoje na Economia – 10/11/2020

Hoje na Economia – 10/11/2020

Mercados financeiros globais seguem em sua maioria em alta hoje, mas com menor ímpeto que ontem. Em relação a notícias sobre a cura para a Covid-19, por um lado foi aprovado o tratamento com anticorpos nos EUA, por outro o estudo sobre vacina no Brasil foi interrompido devido a uma morte, deixando investidores menos otimistas em relação a esse fator que afeta os preços de ativos.

Na Ásia, as bolsas subiram em sua maioria, com o índice MSCI Asia Pacific avançando 0,6%. Houve ganhos de 0,26% no Nikkei225 do Japão, 1,10% no Hang Seng de Hong Kong e 0,23% no KOSPI de Seul. Por outro lado, a bolsa de Xangai caiu -0,40%, com receios em relação à intenção do governo chinês de apertar mais a regulação antitruste contra empresas de tecnologia. Na China, dados de inflação vieram abaixo do esperado em outubro, com os preços ao consumidor variando 0,5% A/A (expectativa de 0,8% A/A e dado anterior de 1,7% A/A) e os preços ao produtor -2,1% A/A (contra expectativa de -1,9% A/A e dado anterior de -2,1% A/A). O iene está se desvalorizando levemente diante do dólar, -0,04%, cotado a ¥/US$ 105,41.

Na Europa, a maioria das bolsas opera em alta. O índice pan-europeu STOXX60 sobe 0,43%, com avanços de 1,10% no FTSE100 de Londres, 2,63% no IBEX de Madri e 1,22% no CAC40 de Paris. Por outro lado, há queda de -0,02% no DAX de Franfkurt. O índice ZEW caiu e veio abaixo do esperado na Alemanha em novembro, com o dado de expectativas em 39,0 (contra projeção de 44,3) e o de situação atual em -64,3 (contra mediana de projeções de -63,5). Na Zona do Euro o índice de expectativas da ZEW caiu de 52,3 em outubro para 32,8 em novembro. O euro está se desvalorizando -0,14% contra o dólar, cotado a US$/€ 1,1798.

No mercado americano, há divergências nos índices futuros de bolsas. Enquanto há alta de 0,80% no Dow Jones, há queda de -1,02% no NASDAQ e estabilidade no S&P500. Há um movimento de saída de empresas de tecnologia e volta para empresas mais cíclicas, com expectativas de recuperação da economia baseada na economia real devido à vacina. O dólar está ganhando valor contra a maioria das moedas, com o índice DXY subindo 0,10%. Contra uma cesta de moedas de países emergentes o ganho é de 0,19%. Os juros futuros seguem em alta, com o yield da Treasury de 10 anos subindo 1 pb, para 0,9356% a.a.. Os dados econômicos que saem hoje na agenda americana deverão ter pouco impacto nos mercados.

Os preços de commodities operam sem direção única, mas com alta em itens importantes. O índice geral da Bloomberg sobe 0,53%, ajudado pelo avanço do preço do petróleo (+1,19% no caso do WTI, cotado a US$ 40,76/barril), do ferro (2,22%), do ouro (1,05%) e dos grãos (soja +0,52%, milho +0,66%, trigo +0,21%). Por outro lado há quedas de -0,44% no cobre e -1,47% no níquel.

Os mercados brasileiros devem seguir com um tom otimista hoje, mas em menor escala que ontem. Notícias políticas seguem mostrando pouco avanço em relação a aprovação de reformas estruturais ou mesmo do orçamento de 2021 no tempo necessário. A bolsa brasileira deve subir hoje, impulsionada pelas commodities, porém o real pode parar de se valorizar, devido ao momento pior para moedas de países emergentes no exterior. Os juros futuros podem voltar a subir, com a perspectiva de alta na inflação ao produtor. O IGP-M 1º decêndio será divulgado hoje, e a expectativa é de aceleração de 1,97% para 2,80%.

Topo