Hoje na Economia 10/12/2012

Hoje na Economia 10/12/2012


Edição 686

10/12/2012

Novos dados sobre atividade econômica divulgados na China, reforçando a tese de que a segunda maior economia do mundo ganha força, devem animar os mercados emergentes, como o Brasil. As notícias vindas da Europa e dos Estados Unidos, por outro lado, empurram os investidores para a cautela.

Na Itália, o premier Mario Monti renunciou, com a perda de apoio político da coalizão que dava suporte ao seu governo. A crise acontece em meio à aprovação do orçamento italiano para 2013, além da proximidade de vencimentos em torno de € 60 bilhões em dívida italiana. O euro perde valor diante das principais moedas, sendo que em relação ao dólar é negociado a US$ 1,2907/€ (-0,16%), neste momento. O índice STOXX600 registra queda de 0,37%, sinalizando um dia de baixa para os mercados de ações europeus. Londres cai 0,18%; França -0,59% e Frankfurt -0,41%.

Os futuros das principais bolsas norte-americanas também operam no vermelho. Os contratos do S&P e D&J registram quedas de 0,25% e 0,18%, respectivamente. Investidores concentrados nas negociações envolvendo o “fiscal cliff” e com a reunião de política monetária do Fed (Fomc), que começa amanhã.

Na Ásia, os indicadores chineses reforçando o quadro de recuperação econômica, em meio à inflação contida, animaram os investidores, sustentando alta na maioria dos mercados de ações da região. Em Xangai, o índice Shanghai Composite subiu 1,07% no pregão de hoje, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng se valorizou 0,39%. No Japão, o índice Nikkei teve uma performance mais modesta, fechando com ganho de 0,07%, com os investidores relutantes em assumir posições antes da reunião de política monetária do Fed (Fomc).

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 86,39/barril (+0,54%, no momento), com investidores aguardando a reunião da OPEP que ocorre nesta semana. Demais commodities, o índice geral sobe 0,33%, sendo que metais registram ganho de 1,27%, refletindo os bons resultados da economia chinesa. Avanços da economia chinesa e commodities em alta devem favorecer a Bovespa, no dia de hoje. A crise na Itália e a questão fiscal americana devem continuar pesando, impedindo ganhos maiores. No mercado de câmbio, agentes deverão testar um novo intervalo de referência, após as últimas intervenções oficiais nesse mercado. O valor do dólar deve flutuar entre R$ 2,05 e R$2,10. No mercado de juros futuros, há pouco espaço para novas altas nominais. Em que pese o tom mais agressivo das autoridades, os investidores devem esperar por informações adicionais sobre atividade econômica antes de consolidar apostas em firme estabilidade da Selic nos próximos meses.

Superintendência de Economia
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