Hoje na Economia 11/01/2016
Edição 1433
11/01/2016
A semana abre os negócios com a instabilidade predominando, causada pelos choques negativos vindos da China. Temores em relação à economia chinesa continuam derrubando as bolsas da região, em meio à elevada volatilidade da taxa de cambio, em que pese os esforços do banco central chinês em estabilizar a moeda.
Em meio a um clima de forte aversão ao risco, as bolsas asiáticas fecharam em queda. Na China, o pessimismo em relação à economia e a ausência de fundos públicos na ponta de compras determinaram queda de 5,33% para o índice Xangai Composto, fechando no menor nível dos últimos três meses. Em Hong Kong, o Hang Seng fechou em baixa de 2,76%, no menor nível em dois anos e meio. O índice MSCI Asia Pacific, excluindo o Japão, fechou com perda de 2,0%. No Japão, mercados permaneceram fechados por conta de feriado. O dólar se desvaloriza 0,44% diante da moeda japonesa, sendo cotado a 117,79 ienes, neste momento.
A busca por segurança tem favorecido os títulos governamentais, notadamente as Treasuries americanas, cujo yield do papel de 10 anos recuou para 2,154% ao ano. O dólar índex mostra-se relativamente estável, nesta manhã, enquanto o índice futuro do S&P 500 opera em alta de 0,46%.
Na Europa, as bolsas voltam a operar no azul, após uma abertura fraca. No momento, o índice STOXX600 registra valorização de 0,46%, enquanto Londres sobe 0,12%; Paris registra alta de 0,72% e Frankfurt avança 0,78%. O euro é negociado a US$ 1,0885, perdendo cerca de 0,34% em relação à moeda americana.
Os contratos futuros de petróleo recuaram 3% durante a sessão asiática, pressionados por temores quanto ao grau de desaceleração da economia chinesa e o excesso de oferta do produto. No momento, o petróleo tipo WTI é cotado a US$ 32,68/barril, com queda de 1,42%. O índice geral de commodities da Bloomberg opera em queda de 0,73%, nesta manhã.
Os choques negativos vindos da China alimentam a aversão ao risco, derrubando as commodities, bem como os ativos de países emergentes. A Bovespa continuará sendo afetada por esse ambiente externo adverso, elevando o risco de o índice perder o patamar de 40 mil pontos. No câmbio, o dólar deve ficar operando perto de R$ 4,05, refletindo o fator China e queda nas cotações das commodities. Já a curva de juros deve manter alta volatilidade com a aproximação da reunião do Copom. Hoje deve abrir pressionada, refletindo as notícias de que o Planalto deu sinal verde para o Banco Central elevar os juros no Copom da semana que vem, visando controlar a inflação e resgatar a credibilidade.