Hoje na Economia – 11/02/2022

Hoje na Economia – 11/02/2022

O dia não se mostra muito favorável aos ativos de risco em geral. O mau humor dos investidores reflete os últimos números de inflação ao consumidor dos EUA, que superaram as projeções do mercado, reforçando temores de que o Fed terá de aumentar seus juros de forma mais agressiva ao longo do ano. O sentimento piorou após James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, defender que o processo de aperto comece com juros sendo elevados em 100 pontos base.

O movimento de vendas de treasuries, que se seguiu após a divulgação da maior taxa de inflação dos últimos 40 anos, estabilizou nesta manhã, com o yield do T-Bond de 10 anos recuando dois pontos base para 2,0% ao ano. O índice DXY do dólar opera com alta significativa, subindo 0,33%, para 95,88 pontos. O euro recua 0,31%, cotado a US$ 1,1392/€, enquanto a libra mantém-se estável em US$ 1,3560/£, suportada por bons indicadores britânicos de PIB e produção industrial. As moedas associadas às commodities registram queda diante da divisa americana. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, nesta manhã, num sinal de que os mercados à vista vão manter o movimento de queda observado na sessão de ontem. A agenda de hoje não prevê a divulgação de balanços corporativos relevantes, sendo que o único indicador de destaque é o índice de sentimento do consumidor medido pela Universidade de Michigan. No momento, o futuro do Dow Jones opera em queda 0,40%; S&P 500 recua 0,46%; Nasdaq desvaloriza 0,87%.

A surpresa altista mostrada pela inflação americana e a elevação rápida dos juros dos treasuries derrubaram as bolsas da Ásia, que fecharam em baixa generalizada. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, recuou 0,70% no dia de hoje, com destaque para as quedas de ações ligadas ao crescimento econômico e ao setor de tecnologia. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,66%, enquanto o Hang Seng mostrou perda marginal de 0,07% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi caiu 0,87% em Seul, e o Taiex cedeu 0,15% em Taiwan, com destaque para a queda das ações da Tencent Taiwan Semiconductor e da Infosys. Em Tóquio, a bolsa não operou hoje, devido ao feriado nacional.

Na Europa, as bolsas operam em baixa, com as ações de tecnologia liderando a queda. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra recuo de 1,0%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,86%; o CAC40 cai 1,14% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 0,81%. Nesta manhã, foram divulgados indicadores de atividade industrial e PIB do Reino Unido, como também a produção industrial da Alemanha, os dados vieram em linha com as expectativas dos analistas.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta, nesta manhã, com investidores à espera do relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre o mercado da commodity. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para março sobe 0,61%, negociado a US$ 90,43/barril.

Na agenda doméstica, o Banco Central (BC) divulga o índice de atividade econômica (IBC-Br) de dezembro, que deve subir 0,50% na comparação mensal e 1,0% em relação a igual mês de 2020. Em doze meses, o IBC-Br encerraria 2021 com alta de 4,2%. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de evento aberto (às 12h30), onde deve repetir o discurso hawkish da ata do Copom. O Ibovespa deve repercutir os resultados corporativos de empresas brasileiras que estão sendo divulgados, podendo operar descolado das bolsas externas. Um discurso duro do presidente do BC deve manter os juros futuros pressionados, enquanto o real deve recuar frente ao dólar, acompanhando as demais moedas emergentes.

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