Hoje na Economia 11/03/2015

Hoje na Economia 11/03/2015

Edição 1230

11/03/2015

Mercados ignoraram os fracos dados sobre atividade econômica divulgados na China, onde a produção industrial, vendas do comércio e investimentos em ativos fixos no bimestre janeiro/fevereiro vieram não só abaixo de igual período do ano passado como também ficaram aquém das estimativas dos analistas.

Na Europa, bolsas de ações recuperam-se das perdas dos últimos dois dias. Investidores observam o desenrolar do terceiro dia do programa de compra de estímulos, implementado pelo Banco Central Europeu (BCE), que promete comprar 60 bilhões de euros, em bases mensais, em títulos soberanos europeus nos próximos meses. Já foram comprados papeis da Alemanha, Bélgica, Itália e Espanha, jogando o custo desses títulos para níveis recordes de baixa. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 1,36%, nesta manhã. Em Londres, bolsa local sobe 0,20%; Paris avança 1,78% e Frankfurt ganha 1,65%, no momento. O euro é negociado em seu mais baixo patamar frente ao dólar dos últimos doze anos. No momento, é cotado a US$ 1,0562, com queda de 1,26%.

Os índices futuros de ações norte-americanos, S&P e D&J, também operam em alta. O futuro do S&P registra valorização de 0,44%, enquanto o futuro do D&J valoriza 0,35%, no momento. O dólar tem forte avanço frente às principais moedas. O índice DXY atinge 99,471, com valorização de 0,85%. O yield pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em torno de 2,142% ao ano.

Na Ásia mercados fecharam em direções divergentes. A bolsa de Tókio iniciou as operações em queda, influenciada pela forte baixa registrada pelos mercados acionários de Nova York ontem. No entanto, maior demanda por papeis dos setores de farmacêutico e maquinários levou o índice Nikkei a encerrar o pregão com valorização de 0,31%. No mercado de câmbio, o dólar é cotado a 121,51 ienes contra 121,05 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai fechou com leve alta (+0,15%), com investidores apostando em novas medidas para estimular a economia. Em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou perda de 0,75%, enquanto o Kospi de Seul perdeu 0,20%, no dia de hoje.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 48,40/barril, com ligeira alta (+0,23%), nesta manhã. O índice total de commodities opera estável, enquanto agrícolas sobem 0,48% e metais +0,25%. Energéticas e metais preciosos recuam 0,34% e 0,215, respectivamente, no momento.

As tensões políticas seguem no radar em meio a CPI da Petrobrás e discussões na Câmara dos Deputados, onde o líder Eduardo Cunha deve colocar em votação o projeto que estende a política de valorização do salário mínimo, podendo impor nova derrota ao Planalto. Foi fechado um acordo entre o Senado e o governo sobre a correção da tabela do Imposto de Renda. O governo deve enviar nova Medida Provisória com correção escalonada, de acordo com a faixa de renda. O dólar pode abrir em alta ante o real, influenciado pelo cenário externo, podendo ser contido pelo leilão de swap programado pelo Banco Central. Juros futuros, em meio a uma agenda doméstica esvaziada, devem refletir o desempenho do dólar e dos Treasuries na definição de uma tendência para hoje.

Topo