Hoje na Economia – 11/03/2022

Hoje na Economia – 11/03/2022

As principais bolsas internacionais operam sem direcional único, nesta manhã. Pesam sobre o humor dos investidores as frustrações em torno dos esforços para se chegar a um acordo diplomático que encerre o conflito entre Rússia e Ucrânia e a escalada inflacionária global, colocando em risco o crescimento econômico.

Na Ásia, a maioria das bolsas locais fechou em baixa, diante das altas taxas de inflação vistas nos EUA, em meio às incertezas da guerra na Ucrânia. O benchmark regional, MSCI Asia Pacific perdeu 2,2%, fechando a semana com perdas de 4%, o pior resultado semanal desde janeiro. Rumores de que Pequim deve anunciar novas medidas regulatórias no setor de tecnologia fizeram com que o índice Hang Seng, que chegou a recuar 3,6% ao longo da sessão, fechasse o dia com queda de 1,61%, em Hong Kong. Na China, por sua vez, o índice Xangai Composto registrou alta de 0,41%. No Japão, o índice Nikkei caiu 2,05% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi perdeu 0,71% em Seul. Em Taiwan, o Taiex fechou o dia com queda de 0,90%.

Na Europa, as bolsas operam em alta nesta manhã, tentando se recuperar das perdas de ontem, quando o Banco Central Europeu (BCE) mostrou claramente sua intenção de combater a escalada inflacionária em detrimento ao crescimento econômico. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, após uma abertura claudicante, com perdas nas ações de tecnologia, se firmou no campo positivo, exibindo alta de 0,24%, no momento. Em Londres, a bolsa da mostra de maior firmeza, com o FTSE100 subindo 0,73%. Em Paris, após uma abertura negativa, o CAC40 opera em torno da estabilidade, enquanto em Frankfurt, o DAX sobe 0,48%

A persistência da inflação alimentada pela alta das commodities na esteira do conflito russo-ucraniano, colocando em risco o crescimento da economia mundial, reduz o apetite ao risco dos investidores, levando a altas nos mercados de títulos soberanos e fortalecimento do dólar. Nesta manhã, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 1,98%, após a alta de ontem por conta dos fortes dados de inflação dos EUA e a postura mais hawkish do BCE. O índice DXY do dólar sobe 0,27% no momento, sendo que o euro é cotado a US$ 1,0982/€, caindo 0,04%; a libra é negociada a US$ 1,3074£, desvalorizando 0,10%. Os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma abertura positiva: o futuro do Dow Jones sobe 0,22%, no momento; S&P 500 exibe alta de 0,32%; Nasdaq avança 0,28%. Hoje será divulgado o índice preliminar de confiança do consumidor de março, apurado pela Universidade de Michigan, que deve ficar em 61,0, contra 62,8 em fevereiro.

No mercado de petróleo, a commodity deve registrar a maior perda semanal desde novembro passado, diante da incapacidade de o mercado sustentar os ganhos observados ao longo da semana. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para abril é negociado a US$ 107,60/barril, com alta de 1,48%.

Na agenda doméstica, o IBGE divulga o IPCA de fevereiro, que deve mostrar inflação de 0,95% no mês e 10,47% em doze meses. Esses números ficaram ofuscados pela alta dos preços dos combustíveis anunciada ontem, que deve acirrar a tendência altista das expectativas inflacionárias, dificultando ainda mais a decisão do Copom na reunião da próxima semana. No pregão de hoje, o Ibovespa pode subir, acompanhando as principais bolsas internacionais, o real permanecer estável e os juros futuros pressionados.

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