Hoje na Economia 11/04/2013

Hoje na Economia 11/04/2013

Edição 764

11/04/2013

Mergulhados em um mundo de liquidez, patrocinado pelos maiores bancos centrais globais, o investidor encontra-se ávido a ativos de risco, dando pouca importância as ameaças de guerra efetuadas pela Coréia do Norte.

Na Ásia, a maioria dos mercados de ações fechou no azul, levando o índice regional, MSCI Asia Pacific Index, a registrar alta de 1,2%, atingindo um dos maiores patamares desde agosto de 2011. A bolsa japonesa permanece em sua trajetória de alta, superando marcas, impulsionada pela política estimulativa anunciada pelo Banco do Japão (BoJ), na semana passada. O índice Nikkei se valorizou 1,96% no pregão de hoje. Com a moeda japonesa operando próxima do patamar dos 100 ienes por dólar, investidores foram à caça de papeis de exportadoras, levando o Nikkei para o maior nível de fechamento dos últimos quatro anos e meio. Na China, os investidores permanecem preocupados com os sinais de fraqueza do atual ritmo de crescimento da segunda maior economia do mundo. A bolsa de Xangai fechou em queda de 0,29%, enquanto a de Hong Kong registrou ganho de 0,30%.

Na Europa, impulsionados pelos investidores que deixam a renda fixa japonesa em busca de maiores ganhos (o que explica, também, o declínio dos juros pagos por títulos italianos, espanhóis e franceses nos últimos dias), mercados de ações permanecem em alta. Contribui também para esse quadro, a certeza de que o Fed continuará favorecendo a recuperação da economia americana, mantendo política monetária estimulativa. O índice STOXX600 registra alta de 0,37% nesta manhã. Em Londres, bolsa local sobe 0,25%, enquanto Paris e Frankfurt registram ganhos de 0,41% e 0,42%, respectivamente. O euro é cotado a US$ 1,3128 contra 1,3070 no fim da tarde de ontem.

Os futuros das bolsas americanas, S&P e D&J, registram ligeiras altas (0,06% e 0,11%, respectivamente), enquanto o investidor aguarda a divulgação dos novos pedidos de seguro desemprego, que segundo a mediana das projeções do mercado devem ter totalizado 360 mil na semana passada, 25 mil a menos do que no período anterior.

O petróleo WTI mostra tendência de queda no dia de hoje, após as altas dos últimos dias, refletindo os prognósticos de menor demanda mundial pelo produto em função do fraco crescimento global. O produto é cotado a US$ 94,56/barril (-0,16%), no momento. Demais commodities, também perdem, com metálicas recuando 0,44% e agrícolas -0,13%.

No mercado doméstico, é provável que a Bovespa prossiga em sua trajetória de recuperação, uma vez superado o nível dos 56 mil pontos. O otimismo que prossegue no mercado mundial, alimentado pela elevada liquidez, deve também favorecer o mercado de ações brasileiro. Neste dia de menor aversão ao risco, o dólar perde valor frente às principais moedas, movimento que também deverá se repetir ante ao real, no dia de hoje. A divulgação do IPCA de março, ainda que tenha vindo abaixo das expectativas do mercado (0,47% ante projeção de 0,50%), mostrou que as condições subjacentes da inflação permanecem elevadas, o que reforçou as apostas de elevação da Selic na próxima reunião do Copom. A curva de DIs futuros passou a precificar 80% de chance de alta no Copom da semana que vem.

Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
www.sulamericainvestimentos.com.br

Topo