Hoje na Economia 11/04/2014

Hoje na Economia 11/04/2014

Edição 1009

11/04/2014

Investidores dão continuidade ao movimento de redução na exposição de ações de tecnologia observado ontem, quando o Índice Composto Nasdaq registrou queda de 3,1%, a maior desde 2011. Esse "selloff" ocorre por se acreditar que os fundamentos econômicos não justificam os valores alcançados pelas ações, principalmente de empresas de tecnologia, nos últimos meses.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific perdeu 1,1% nas negociações de hoje. A queda na região foi liderada pela bolsa de Tókio, onde o Nikkei fechou com desvalorização de 2,38%, elevando as perdas acumuladas na semana para 7,3%, a mais acentuada desde a ocorrência do terremoto em 2011. Além das quedas das bolsas em Nova York, contribuiu também para a má performance a postura do banco central japonês, se opondo a qualquer estímulo adicional à economia, no momento. O dólar é cotado a 101,55 ienes, contra 101,50 no fim da tarde de ontem. Na China, foram divulgados os índices de inflação referentes a março – IPC: +2,4% A/A e IPP -2,3% A/A – que corroboram os sinais de fraqueza da demanda agregada chinesa. A bolsa de Xangai apurou perda de 0,18%, enquanto a de Hong Kong perdeu 0,79%.

Na Europa, os mercados de ações despencam nesta manhã. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, registra queda de 1,39%, caminhando para acumular perda em torno de 3,7% na semana. Em Londres, o FTSE perde 1,20%, enquanto o CAC40 de Paris e o DAX30 de Frankfurt recuam 1,13% e 1,40%, respectivamente, no momento. O euro é negociado a US$ 1,3893 ante US$ 1,3886 de ontem à tarde.

Nos Estados Unidos, os futuros das principais bolsas americanas mostram discretas perdas, numa indicação de continuidade da tendência de queda para os principais mercados acionários do país. O dólar encontra-se estável frente às principais moedas, sem reação diante das perdas recentes, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 2,64% ao ano. Será divulgado logo mais dado preliminar sobre a confiança do consumidor americano, calculado pela Universidade de Michigan, que deve subir para 81 pontos em abril, contra 80 em março, segundo o consenso do mercado.

No mercado de petróleo, o preço do barril do produto tipo WTI situa-se em US$ 103,19, com queda de 0,20% no momento. A maioria das commodities opera no vermelho, mas metais registram ganho de 0,61%.

Sem um direcional interno que impeça a contaminação pelo selloff internacional, a Bovespa deve também operar em queda no dia de hoje. No mercado de câmbio, o real deve permanecer oscilando em torno de R$ 2,20/US$, com ligeiro viés de alta. No mercado de juros, apesar de o Banco Central sinalizar para o fim do ciclo do aperto monetário, a deterioração do ambiente inflacionário leva o mercado a apostar em mais uma alta da Selic em maio. Atenção para o discurso que Alexandre Tombini fará hoje na reunião anual do FMI, que deverá ter endereço certo: o mercado brasileiro.

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