Hoje na Economia 11/04/2017

Hoje na Economia 11/04/2017

Edição 1743

11/04/2017

Preocupações com o curso futuro da política monetária americana e questões geopolíticas, envolvendo a Síria e Coreia do Norte, empurram investidores para busca de ativos considerados porto seguro.

O juro da Treasury de 10 anos recuou para 2,34% ao ano, caindo 0,83%, nesta manhã. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar frente a uma cesta de moedas, encontra-se estável em 110,92, com dólar perdendo terreno diante da moeda japonesa. Os futuros de ações operam em queda, neste momento, sendo que o futuro do S&P 500 registra recuo de 0,12%.

Na Ásia, mercados de ações fecharam sem direcional claro. No Japão, o aumento da aversão ao risco por conta das tensões com a Coreia do Norte levou a procura por iene, valorizando a moeda frente ao dólar. Nesta manhã, o dólar é negociado a 110,68 ienes, contra 111,27 ienes de ontem. O fortalecimento da moeda japonesa impactou negativamente o mercado de ações: o índice Nikkei encerrou o dia com queda de 0,27%. Na China, o índice Xangai Composto apurou ganho de 0,60% no pregão de hoje, enquanto o Hang Seng de Hong Kong teve desvalorização de 0,72%.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, flutua em torno da estabilidade (-0,02%), nesta manhã. Em Londres, o índice de ações FTSE100 registra ganho de 0,17%. Paris e Frankfurt, mercados de ações operam em baixa: -0,09% e -0,20%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,0605, contra US$ 1,0597 no fim da tarde de ontem. O mercado de ações reflete, além das preocupações com as questões geopolíticas, a decepção com o dado de produção industrial da zona do euro, que recuou 0,3% em fevereiro ante janeiro, vindo abaixo da previsão dos analistas, que projetavam expansão de 0,2% na produção do período.

Os futuros de petróleo operam em leve baixa nesta manhã, após acumularem ganhos por cinco sessões consecutivas. Continuam, entretanto, favorecidos pelos cortes de oferta na Líbia e Canada, bem como pelas tensões em torno da Síria. O contrato futuro do WTI, para entrega em maio, é negociado a US$ 52,90/barril, com queda de 0,34%, nesta manhã.

A Bovespa deve acompanhar as bolsas internacionais. A cautela deve predominar diante dos riscos geopolíticos, envolvendo o conflito em torno da Síria. O secretário de Estado norte-americano se reúne com o presidente da Rússia no dia de hoje, em meio a ameaças do governo dos EUA de executar novas ações militares na Síria. Por aqui, o governo Temer negocia mudanças na reforma da Previdência, tentando fechar o texto para a votação na CCJ da Câmara. A ideia é um pedágio menor que os 50% adicionais sobre o tempo restante de contribuição previsto pelas regras atuais. Essa proposta buscaria conciliar o modelo com uma exigência nova, a de uma idade mínima escalonada, já que a manutenção do pedágio de 50%, nas novas condições, tornaria a regra de transição muito mais dura.

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