Hoje na Economia – 11/04/2022

Hoje na Economia – 11/04/2022

As principais bolsas internacionais operam em queda nesta manhã de segunda-feira, enquanto os juros dos títulos soberanos de maior prazo permanecem em alta. Os investidores continuam preocupados com os impactos das elevadas pressões inflacionárias e o forte aperto monetário sobre a economia global, ao mesmo tempo em que monitoram os desdobramentos da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A semana reserva dados sobre a inflação nos EUA, importantes para se avaliar o grau de disseminação das pressões inflacionárias na economia americana, o que deve reforçar o cenário de um aperto monetário mais agressivo por parte do Fed.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda. Pesaram sobre o sentimento do investidor o aumento de casos de Covid-19 em Xangai, bem como a divulgação de inflação acima do esperado na China. A taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) da China acelerou para 1,5% em março (0,9% em fevereiro), superando as projeções do mercado. A inflação ao produtor (PPI) perdeu força, recuando de 8,8% A/A em fevereiro para 8,3% A/A em março, mas superou o previsto pelos analistas. O índice Xangai Composto fechou o dia com queda de 2,61%, enquanto o Hang Seng perdeu 3,03% em Hong Kong, por conta das fortes baixas das ações de tecnologia. Em outras partes da Ásia, no Japão, o índice Nikkei cedeu 0,61% em Tóquio; o sul-coreano Kospi caiu 0,27% em Seul; em Taiwan, o Taiex recuou 1,37%. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou o dia contabilizando perda de 1,2%.

Na Europa, repercute-se o resultado das eleições presidenciais deste domingo, que deram ao atual presidente Emmanuel Macron uma estreita vantagem em relação a sua adversária de extrema direita, Marine Le Pen. O índice pan-europeu de ações registra queda de 0,47%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,33%; em Paris, o CAC40 sobe 0,37% e em Frankfurt, o Dax desvaloriza 0,65% O euro valoriza 0,42% ante ao dólar, cotado a US$ 1,0923/€, enquanto a libra é negociada a US$ 1,3047/£, se apreciando 0,17%, nesta manhã.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam no vermelho, refletindo as sinalizações do Fed, dadas na semana passada, de um aperto monetário mais rápido e severo, acompanhado de pronta redução do seu balanço, contraindo as condições financeiras da economia, em seu objetivo de conter as pressões inflacionárias. O índice futuro do Dow Jones recua 0,24% neste momento; S&P 500 cai 0,40%; Nasdaq registra queda de 0,99%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe quatro pontos base, para 2,74% ao ano. O índice DXY do dólar situa-se em 99,72 pontos, com recuo modesto de 0,08%. Hoje dirigentes do Fed devem se manifestar (R. Bostic do Fed Atlanta e C. Evans do Fed Chicago) reforçando os planos de um aperto monetário mais acelerado.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, mantendo a tendência de queda observada na semana passada, em meio a temores com o impacto na demanda das medidas restritivas à mobilidade adotada pelo governo chinês para conter os surtos de Covid-19 em várias regiões do país. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para maio, é negociado a US$ 95,45/barril, com queda de 2,85%, nesta manhã.

No mercado doméstico, o destaque de hoje será a palestra que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fará em evento, às 9hs, organizado pela Arko Advice. Investidores devem acompanhar com especial atenção após a surpresa negativa com o salto da inflação medida pelo IPCA de março, que subiu 1,62% no mês. A expectativa concentra-se em torno de eventual sinalização sobre a intenção de alterar o atual plano de voo, que indica que o atual ciclo de aperto monetário terminaria com a Selic em 12,75% ao ano.

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