Hoje na Economia – 11/05/022

Hoje na Economia – 11/05/022

Os investidores operam os negócios com muita cautela, nesta manhã. As atenções estão voltadas aos indicadores de inflação que serão conhecidos nesta terça-feira, com destaque para o índice de preços ao consumidor dos EUA, que tem influência na trajetória da política monetária americana.

Na China, tanto os preços ao consumidor como ao produtor subiram acima do esperado em abril, reflexo das medidas de lockdown adotadas por Pequim para conter a disseminação da covid-19. Os preços ao produtor (PPI) subiam 8% a/a em abril (8,3% a/a em março), enquanto ao consumidor (CPI) avançaram de 1,5% a/a em março para 2,1% a/a em abril, por conta do movimento de estocagem de produtos por parte dos consumidores para fazer frente ao isolamento. Notícias de que começa arrefecer a disseminação da doença animaram os investidores, levando a maior parte das bolsas da Ásia a fechar em alta na sessão de hoje. O índice regional MSCI Asia Pacific registrou alta de 0,50%, com destaque para ações de tecnologia e consumo discricionário. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,75%, diante da melhora do sentimento dos investidores por conta de relatos de que o número de casos da doença em Xangai caiu para menos de 1.500, depois de atingir um pico de 26 mil em meados de abril. No Japão, o índice Nikkei teve alta modesta de 0,18% em Tóquio, enquanto o Hang Seng valorizou 0,97% em Hong Kong. Em Seul, o índice Kospi caiu 0,17%, enquanto em Taiwan, o Taiex registrou queda de 0,35%.

Na Alemanha, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) acelerou para 7,4% em abril, ante 7,3% em março, permanecendo no maior patamar desde 1981. O quadro de inflação persistente levou a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, a reafirmar a possibilidade de subir os juros após o encerramento do programa de compra de ativos (APP) no início do terceiro trimestre. O euro ampliou seus ganhos em relação ao dólar após a fala da presidente do BCE: a moeda comum subiu a US$ 1,0556, ante US$ 1,0530 de ontem à tarde. No mercado de ações, o índice STOXX600 exibe alta de 1,21%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 1,12%; em Paris, o CAC40 sobe 1,82%; em Frankfurt, o DAX valoriza 1,0%.

Os investidores estarão atentos à divulgação da inflação ao consumidor (CPI) nos EUA. Segundo as projeções dos analistas, a inflação subiu 0,2% m/m e 8,1% a/a para o índice cheio e 0,4% m/m e 6,0% a/a para o seu núcleo (Core CPI). Caso os dados mostrem que o movimento de alta inflacionária tem ainda fôlego pela frente, aumentariam as apostas de que o Fed deve elevar os juros em 75 pbs ao invés de 0,50 pbs já precificado pelo mercado. No mercado de moedas, o dólar recua frente às principais moedas, após quatro sessões seguidas de altas. O índice DXY recua 0,39% nesta manhã, situando-se em 103,51 pontos. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos caiu seis pontos base para 2,93%, com investidores se precavendo antes da divulgação do dado da inflação. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, no momento. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,87%; S&P 500 avança 0,96% e o Nasdaq exibe ganho de 1,31%.

Sinais de arrefecimento da disseminação de covid-19 na China, afastando os temores de uma queda pronunciada da atividade econômica, animaram os mercados de commodities. O índice de commodity Bloomberg registra valorização de 1,38%, enquanto o contrato futuro do petróleo WTI sobe para US$ 103,02/barril, com alta de 3,29%.

Além de acompanhar a divulgação da inflação ao consumidor nos EUA (às 9h30), os investidores brasileiros também estarão atentos à divulgação do IPCA de abril, hoje às 9h. Segundo a mediana das projeções do mercado, o IPCA deverá subir 1,01% no mês, desacelerando diante da alta de 1,62% de março. Em doze meses, o IPCA exibirá inflação de 12,06%.

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