Hoje na Economia – 11/05/2020

Hoje na Economia – 11/05/2020

Mercados começam a semana operando entre altos e baixos, sem direcional claro, enquanto o dólar se valoriza e petróleo recua. Investidores de olho na reabertura econômica nos EUA e em várias partes da Europa, após longo período de bloqueio para tentar conter a disseminação do coronavírus, mas também atentos a relatos sobre uma segunda onda de infecções por covid-19 em partes da Ásia, como China e Coreia do Sul.

As bolsas de ações da Ásia fecharam sem um denominador comum. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com alta de 0,70%. Na China, o índice Xangai Composto fechou com ligeira queda (-0,02%), apesar de o PBoC – banco central da China – promoter medidas adicionais para ajudar a economia doméstica a se recuperar do impacto do coronavírus. Expansão vigorosa do crédito deverá ser o principal foco dessas medidas. As autoridades chinesas relataram 17 casos de coronavírus no país, marcando o segundo aumento diário consecutivo de dois dígitos. A Coreia do Sul, por sua vez, teve um salto nos novos casos da doença, gerando temores de que o país possa enfrentar uma segunda onda de infecções. Na bolsa de Seul, o índice Kospi fechou o dia com queda de 0,54%. Em outras praças, encorajadas por iniciativas dos EUA e de países europeus para reverter medidas de isolamento decorrentes da pandemia, encerraram o pregão de hoje no azul. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1,05%; em Hong Kong, o Hang Seng teve ganho de 1,53%; em Taiwan, o Taiex avançou 1,03%. No mercado de moeda, o dólar é negociado a 107,25 ienes contra 106,69 ienes de sexta-feira à tarde.

Na Europa, após uma abertura em alta, índices voltaram a operar no vermelho, com investidores acompanhando as medidas de relaxamento econômico em diversos países, ao mesmo tempo em que avaliam as notícias de volta da epidemia em várias partes da Ásia. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,54%, afetado principalmente por ações de empresas de turismo. Em Londres, o FTSE100 cai 0,51%; o CAC40 tem queda de 1,11% em Paris, enquanto o DAX tem queda de 0,44% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,0828, desvalorizando-se 0,10%.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa moderada, enquanto os juros das Treasuries sobem nesta manhã. O sentimento do investidor encontra-se dividido entre expectativas de retomada lenta da atividade econômica com a reabertura gradual da economia e temores de uma segunda onda de avanço da epidemia do coronavírus. No momento, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 0,694% ao ano, subindo 1,60%. Já os futuros dos principais índices de ações operam no vermelho: Dow Jones -0,44%; S&P 500 -0,40%; Nasdaq -0,06%. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana em relação a uma cesta de moedas fortes, opera em alta, situando-se em 99,96 pontos, com alta de 0,23%.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã de segunda-feira, realizando partes dos ganhos obtidos ao longo da semana passada e em meio a temores persistentes sobre o impacto da pandemia de coronavírus da demanda pela commodity. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para julho é negociado a US$ 23,89/barril, com queda de 3,44%.

Por aqui, eventos domésticos devem ter maior peso no direcionamento dos ativos, diante das turbulências do quadro político local. O foco estará nos desdobramentos sobre o inquérito que investiga as acusações de Sérgio Moro contra o presidente Bolsonaro. Mercado de olho também na possibilidade de o presidente Bolsonaro vetar o reajuste do salário de servidores, prometido pelo ministro Paulo Guedes no projeto de auxílio a Estados e Municípios. Esse quadro deve manter a taxa de câmbio pressionada, enquanto a Bovespa deve abrir em baixa seguindo a tendência externa, bem como o ambiente doméstico conturbado.

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