Hoje na Economia – 11/08/2021

Hoje na Economia – 11/08/2021

Os investidores optaram pela cautela nos primeiros movimentos dos mercados, nesta manhã. Aguardam pela divulgação da inflação ao consumidor nos EUA, que deverá ser escrutinada na busca de pistas sobre os próximos movimentos da política do Banco Central (Fed). Os índices de inflação americana têm se mostrado bastante pressionados nos últimos meses. Caso o dado de julho siga forte, os investidores reforçarão suas apostas de que o Fed deverá dar algum sinal sobre a redução gradual da compra de ativos (tapering) no final deste mês no simpósio de Jackson Hole.

Na Ásia, as bolsas de ações operaram, nesta quarta-feira, entre altos e baixos sem direcional único. O índice MSCI Asia Pacific apurou valorização de 0,30%. Em Tóquio, o índice Nikkei terminou o pregão com ganho de 0,65%, com destaque para as ações do setor siderúrgico, com as exportadoras apoiadas por um iene mais fraco. A moeda japonesa é cotada a ¥ 110,77/US$, desvalorizando 0,17%, no momento. Na China, o índice Composto de Xangai terminou a sessão com alta modesta de 0,08%, enquanto o Hang Seng avançou 0,20% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi caiu 0,70% em Seul, o quinto pregão consecutivo de queda, diante de novo recorde de casos de covid-19 pesando sobre o sentimento do investidor. Em Taiwan, o Taiex fechou o dia com queda de 0,56%.

Na Europa, as bolsas operam com altas moderadas, embaladas por balanços corporativos positivos. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra valorização modesta de 0,05%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,40%; em Paris, o CAC40 avança 0,23%; em Frankfurt, o DAX valoriza discretos 0,05%. O euro é negociado a US$ 1,1712, perdendo 0,07%, nesta manhã. Na Alemanha, o índice de preços ao consumidor subiu 0,9% em julho, na comparação mensal e 3,8% em relação ao igual mês de 2020, atingindo a maior variação desde 1993.

No mercado americano, os juros dos Treasuries prolongam ganhos da sessão anterior, enquanto se espera pela divulgação da inflação ao consumidor (CPI) do mês de julho, que deverá mostrar nova alta no período. Segundo as projeções do mercado, o CPI deve subir 5,3% no mês de julho na comparação interanual, enquanto o seu núcleo (Core CPI) deve avançar 4,3% na mesma métrica. No momento, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe um ponto base para 1,37% ao ano. O índice DXY do dólar mantém a tendência de valorização vista no pregão de ontem, subindo 0,17% nesta manhã. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, no momento. O futuro do Dow Jones opera perto da estabilidade (-0,01%); o S&P 500 recua 0,13%; Nasdaq tem queda de 0,36%. Hoje, na agenda, além da divulgação do CPI, os investidores acompanharão o pronunciamento de Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, que deverá se manifestar sobre os próximos passos da política monetária americana.

No mercado de petróleo, o movimento de alta das cotações observado ao longo do overnight não se sustentou, passando a operar no vermelho, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para setembro é negociado a US$ 68,24/barril, com queda de 0,10%.

A PEC do voto impresso foi derrotada ontem na Câmara, liberando a pauta para apreciação da reforma do Imposto de Renda e da PEC dos Precatórios. Riscos ao quadro fiscal permanecem no radar, mantendo os investidores na defensiva. Na agenda, o IBGE divulga as vendas do comércio de junho, que, no conceito restrito, devem subir 0,5% na comparação mensal e 8,6% a/a, segundo as projeções do mercado. Para hoje, a Bovespa deve abrir de lado, o dólar subir ante o real e os juros futuros devem ficar sujeitos aos dados sobre as vendas do comércio.

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