Hoje na Economia 11/09/2015

Hoje na Economia 11/09/2015

Edição 1356

11/09/2015

Mercados financeiros operam em leve queda no dia de hoje, com investidores receosos do que pode ocorrer com a taxa de juros americana na reunião do FOMC na semana que vem. O mercado de juros coloca uma probabilidade de apenas 28% de alta nessa reunião, mas 70% dos economistas ouvidos pela Bloomberg apostam em aumento de 0,25 pp.

Na Ásia, as bolsas fecharam em leve queda, com o índice MSCI Ásia Pacífico recuando 0,1%. O índice de Xangai, na China teve alta de 0,07%, enquanto o índice Nikkei225 de Tóquio teve queda de 0,19%. O iene está basicamente estável diante do dólar, a 120,60. Na China foram divulgados dados de crédito e moeda, que ficaram um pouco abaixo do esperado. Os dados em si não devem ter muita influência no mercado.

Na Europa, as bolsas todas também operam em leve queda, com o índice pan-europeu STOXX600 caindo 0,96%. Há queda de 0,37% na bolsa de Londres, 0,96% na bolsa de Paris e 1,17% na bolsa de Frankfurt. O euro está perdendo valor diante do dólar, recuando 0,18% e cotado a 1,1260.

Os mercados de commodities estão em ligeira queda, com o preço do cobre realizando lucros após quatro dias seguidos de altas, e o preço do petróleo caindo após o relatórios dizendo que ainda deve haver uma sobre-oferta no ano que vem. O preço do petróleo tipo WTI recua 2,66%, para US$ 44,7/barril.

Os mercados futuros americanos estão em queda, com o S&P500 caindo 0,57%. Os juros de 10 anos também estão em ligeira queda, a 2,195%. O dólar ganha valor, com o índice DXY subindo 0,12%. Hoje sairão dados de inflação ao produtor. Considerando a grande queda na inflação de importados divulgada ontem, a expectativa é de mais deflação nesses preços, podendo diminuir apostas em altas de juros americanos. A confiança do consumidor da Universidade de Michigan também será divulgada, devendo ter menor impacto sobre os mercados.

No Brasil, ontem a entrevista do ministro da Fazenda Levy frustrou os mercados, ao não conter nenhum anúncio de nova medida. Alguns políticos e rumores de mercado dizem que hoje devem ser anunciados cortes de gastos e também há boatos de que o governo estuda criar um imposto sobre movimentações financeiras cuja alíquota iria diminuir ao longo dos anos. A inflação medida pelo IPC-FIPE ficou acima do esperado (0,50% contra 0,47%). A bolsa deve cair novamente e o real deve se desvalorizar mais, mas em intensidade menor. Os juros futuros devem ter ligeira alta. Os preços de ativos brasileiros devem seguir pressionados para baixo hoje, com uma reversão dependendo do governo anunciar medidas críveis e suficientes de ajuste fiscal.

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