Hoje na economia – 11/11/2021

Hoje na economia – 11/11/2021

Os principais mercados de ações lutam para se recuperar das perdas de ontem, quando os indicadores de preços divulgados nos EUA reforçaram os temores de uma inflação mais persistente, alimentando temores de que o Fed deve agir antes do esperado. As bolsas de ações recuaram e os juros dos títulos soberanos registraram fortes altas.

O juro do Treasury de 10 anos subiu 11 pontos base, para 1,55% ao ano, no pregão de ontem. Hoje o mercado de renda fixa americano permanecerá fechado por conta de feriado, pela comemoração do Dia do Veterano. No mercado de moedas, o dólar sustenta o patamar mais elevado em quase um ano. O índice DXY do dólar sobe 0,16% no momento, a 95,0 pontos. O dólar sobe a 114,01 ienes, o euro recua para US$ 1,1471; a libra cai para US$ 1,3393. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, após o recuo de ontem, por conta de uma inflação ao consumidor superior ao que o mercado esperava. Nesta manhã, o futuro do Dow Jones tem alta modesta de 0,02%; o S&P 500 sobe 0,17%; o Nasdaq valoriza 0,20%. O feriado de hoje deve reduzir a liquidez nos mercados que permanecerão operando nos EUA.

Na Ásia, as bolsas não mostraram um denominador comum, fechando em direções distintas. O índice regional MSCI Asia Pacific chegou a cair 0,6% no meio do pregão por conta do fraco desempenho das ações de tecnologia, mas conseguiu reduzir as perdas para 0,2% no final do dia. Na China, rumores de que Pequim estuda relaxar o aperto de liquidez sobre o setor imobiliário animaram os investidores, favorecendo as ações das incorporadoras. Além disso, a Evergrande efetuou uma série de pagamentos de bônus ao longo do dia, evitando um default. A bolsa de Xangai fechou em alta de 1,15%. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,59%, com destaque para as ações do setor financeiro, beneficiado pela perspectiva de juros mais altos após a inflação acima do esperado nos EUA. Em Hong Kong, o Hang Seng registrou alta de 1,01%. Na contramão da região, o Taiex recuou 0,61% em Taiwan, enquanto o sul-coreano Kospi perdeu 0,18% em Seul.

Na Europa, as bolsas da região operam sem um direcional único. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera perto da estabilidade, registrando pequeno recuo de 0,02%, no momento. No Reino Unido foram divulgados dados de atividade que desapontaram os investidores. O PIB subiu 1,3% no 3º trimestre frente ao anterior, diante de uma previsão de avanço de 1,5%. A produção industrial recuou 0,4% m/m em setembro, diante da previsão de aumento de 0,1% no mês. Em Londres, o índice FTSE100 opera com alta de 0,39%; enquanto o CAC40 sobe 0,21% em Paris. Em Frankfurt, o DAX registra queda marginal de 0,07%.

Os contratos de petróleo operaram em alta ao longo da madrugada, tentando minimizar as perdas de ontem, mas reverteu a tendência nesta manhã, voltando a operar no vermelho. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 81,28/barril, com queda discreta de 0,05%.

No mercado doméstico, após a inflação medida pelo IPCA mais uma vez surpreender para cima acirrando as apostas num orçamento mais elevado para a Selic no final do atual ciclo de aperto monetário, hoje será o dia de conferir o ritmo de atividade. O IBGE divulga as vendas no varejo de setembro, que no conceito restrito deve ter recuado 0,6% m/m, enquanto no ampliado a queda esperada é menor (-0,1% m/m). Hoje, espera-se que o dólar deva operar em alta, juros operando entre margens estreitas e a Bovespa sem fôlego para retomar uma trajetória sustentada de alta.

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