Hoje na Economia 12/02/2016

Hoje na Economia 12/02/2016

Edição 1453

12/02/2016

A aversão ao risco volta a predominar no dia de hoje, com as preocupações com enfraquecimento da economia mundial e a percepção de que os principais bancos centrais não conseguirão evitar a desaceleração da atividade econômica global. A alta do petróleo, nesta manhã, atenua um pouco o mau humor dos investidores.

As bolsas da Ásia apresentaram fortes quedas, acompanhando a instabilidade dos mercados globais no dia de ontem. A valorização do iene, refletindo a busca por porto seguro, e a política de taxas de juros negativas pelo Banco do Japão, alimentando receios quanto à rentabilidade dos bancos japoneses, derrubaram a bolsa de Tóquio, onde o índice Nikkei encerrou o dia com queda de 4,88%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng acompanhou os mercados da região, registrando baixa de 1,22%. A moeda chinesa, o yuan se desvalorizou 1,6% nas operações offshore. Na China, mercados permaneceram fechados.

Do lado do Ocidente, o dia abriu positivo. As bolsas europeias operam em alta (índice STOXX600 sobe 0,95% no momento). Em Londres o FTSE100 tem alta de 0,90%; em Paris o CAC 40 sobe 1,26% e em Frankfurt o DAX registra ganho de 1,05%.

O dólar mantém tendência de queda frente às principais moedas, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,68%, recuando 0,19%. Na agenda econômica, será divulgado o dado de vendas no varejo de janeiro, que, segundo o consenso dos analistas, deve apresentar crescimento de 0,1% no mês nas vendas gerais (-0,1% em dezembro). Excluindo automóveis, a expectativa é de variação zero (-0,1% em dezembro). No mercado de ações, o índice futuro do S&P 500 registra alta de 0,17%, no momento.

O petróleo sobe em cima da notícia, veiculada no final do dia de ontem, de que a OPEP pode apoiar um corte na produção. O óleo tipo WTI é negociado a US$ 27,43/barril, com alta de 4,65%, enquanto o índice Bloomberg de Commodity se valoriza 0,86%.

No Brasil, os mercados não receberam bem a notícia sobre o adiamento do corte a ser proposto no Orçamento Fiscal deste ano, previsto para se anunciado no dia de hoje. Cresceu a percepção sobre o baixo comprometimento do governo com o ajuste fiscal. Diante do provável aumento dos prêmios de risco país, o dólar deve abrir em alta frente ao real, como também devem subir os juros nos contratos mais longos na curva de juros a termo. A Bovespa deve operar dividida, entre o ambiente internacional, onde as principais bolsas esboçam uma reação positiva diante da recuperação do petróleo, e as tensões internas decorrentes da leniência fiscal do governo.

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