Hoje na Economia 12/02/2019

Hoje na Economia 12/02/2019

Edição 2192

12/02/2019

Investidores respiram mais aliviados, mais propensos a risco, em meio à expectativa de que os Estados Unidos e China avancem em suas negociações comerciais e frente a indícios de que o governo americano poderá evitar uma segunda paralisação (shutdown) de sua máquina administrativa.

Mercados torcem para que americanos e chineses, que retomaram as discussões comerciais nesta semana em Pequim, cheguem a algum acordo antes de 1º de março, data limite para Washington elevar as tarifas sobre mais de US$ 200 bilhões em produtos chineses, de 10% para 25%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,68%, surfando o otimismo que envolve as negociações. No Japão, a desvalorização do iene em relação ao dólar ao longo do pregão levou o índice Nikkei a fechar o dia com alta de 2,61%, na bolsa de Tóquio. O dólar subiu para 110,62 ienes, de 110,40 ienes de ontem à tarde. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 0,10% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi subiu 0,45% em Seul; em Taiwan, o Taiex registrou ganho de 0,93%.

Também favorece o bom humor dos investidores, a notícia de que os congressistas americanos chegaram a um acordo preliminar no fim da noite de ontem para aprovar o orçamento federal e evitar uma nova paralisação do governo americano. O acordo prevê a destinação de US$ 1,375 bilhão para a construção de barreiras em 88 quilômetros na fronteira entre os EUA e México, bem inferior aos US$ 5,7 bilhões solicitados pelo presidente Donald Trump, na intenção de construir um muro de 320 quilômetros na divisa. O otimismo é espelhado pela forte alta dos futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York. No momento, o futuro do índice Dow Jones sobe 0,41%; do S&P 500 avança 0,56%; o Nasdaq ganha 0,75%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se 2,680% ao ano, com alta de 1,01%, no momento. O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis moedas fortes, mostra alta de 0,12%, refletindo principalmente a desvalorização do euro.

As mesmas notícias que impulsionaram os mercados da Ásia e apontam para uma abertura positiva para Nova York trazem alívio para os negócios nas bolsas europeias. O índice pan-europeu STOXX600 avança 0,58%, nesta manhã, com destaque para os segmentos ligados ao comércio internacional, como o de commodities e de automóveis. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,42%; o CAC40 tem alta de 0,78% em Paris; em Frankfurt, o DAX sobe 1,09%, No mercado cambial, a tendência desta manhã é de baixa das moedas locais em relação ao dólar. O euro é negociado a US$ 1,1264, contra US$ 1,1279 de ontem à tarde; a libra é cotada a US$ 1,2854 contra US$ 1,2861 no fim da tarde de ontem.

As cotações de petróleo mostram alta firme, nesta manhã, após as quedas de ontem. O contrato futuro do produto tipo WTI, para março, é negociado a US$ 52,88/barril, com alta de 0,90%.

No mercado interno, a Bovespa deve se favorecer do ambiente mais propício ao risco que prevalece nas principais bolsas internacionais no dia de hoje. Além disso, turbinando o otimismo doméstico há a expectativa de que o presidente Bolsonaro volte à ativa ainda nesta semana. O Dólar deve devolver parte da alta de ontem, enquanto os juros longos se ajustarão ao discurso da ata do Copom, que será divulgada às 8hs.

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