Hoje na Economia 12/03/2014

Hoje na Economia 12/03/2014

Edição 987

12/03/2014

A abertura dos mercados nesta manhã sinaliza para um dia de forte aversão ao risco, com investidores buscando ativos seguros em meio à indefinição em relação à crise na Ucrânia e expectativas de desaceleração da economia chinesa.

Na Ásia, mercados fecharam majoritariamente em queda. O índice MSCI Asia Pacific recuou 1,5% na sessão de hoje. A moeda japonesa se apreciou frente ao dólar e ao euro, refletindo a busca por porto seguro, com investidores preocupados com a escalada das tensões na Ucrânia. O dólar é negociado a 102.77 ienes nesta manhã, contra 102,97 na tarde de ontem em Nova York. Além das preocupações com a Ucrânia, acrescente-se as relativas ao crescimento da economia chinesa, o que levou o Nikkei a encerrar o dia com queda de 2,59%, o pior resultado em cinco semanas. Na China, os temores com a saúde do mercado financeiro local aumentaram. A suspensão das negociações com "bonds" de empresas listadas na bolsa de Shanghai, menos de uma semana após do primeiro default de uma empresa local, reforçou preocupações quanto à solvência do mercado financeiro chinês. A bolsa de Xangai fechou com perda de 0,17%, enquanto Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 1,65% no pregão de hoje.

Na Europa, as principais bolsas também operam no vermelho, onde além das indecisões que cercam o imbróglio russo/ucraniano, foram divulgados resultados de importantes empresas que vieram aquém das expectativas dos analistas. O índice STOXX600 apura queda de 0,88%, no momento. Principais praças locais também recuam: Londres -0,85%; Paris -1,19% e Frankfurt -1,11%. O euro é negociado a US$ 1,3860, oscilando próximo a US$ 1,3866 do final da tarde de ontem.

No mercado americano, os sinais apontam para mais um dia de recuo para o mercado de ações. Os índices futuros do S&P e D&J operam em baixa de 0,11% e 0,09%, respectivamente. A agenda econômica do dia é fraca, sem eventos com força para reverter a tendência de baixa observada no momento. O dólar registra leve alta frente às principais moedas – exceção ao iene japonês – enquanto o juro da Treasury de 10 anos recuou para 2,74%, em função da busca por ativos seguros.

No mercado de petróleo, o aumento dos estoques de combustíveis nos EUA e o relatório da EIA (Energy Information Administration), que deverá reportar, ainda hoje, um aumento na oferta do produto – os analistas estimam em cerca de 2 milhões de barris dia – derrubam as cotações do produto pelo terceiro dia consecutivo. O produto tipo WTI é negociado a US$ 98,70/barril, com queda de 1,34%, no momento.

O destaque na agenda doméstica será a divulgação do IPCA de fevereiro, que deverá registrar inflação de 0,65% no mês e 5,64% em doze meses, conforme o consenso do mercado. Esse dado pode movimentar os juros futuros, podendo favorecer a definição das apostas para o próximo Copom. No mercado de câmbio, o ambiente de aversão ao risco pode levar a cotação do dólar para nível próximo a R$ 1,39, no dia de hoje. Para a Bovespa, são poucas as chances de se manter o descolamento observado ontem, devendo voltar a acompanhar a tendência ditada pelas principais bolsas internacionais.

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