Hoje na Economia 12/03/2015

Hoje na Economia 12/03/2015

Edição 1231

12/03/2015

Bolsas de ações iniciam o dia em alta, acompanhando o movimento de valorização da maioria das commodities, enquanto o dólar, em típica reação a ajustes técnicos, registra a maior queda em um mês diante das principais moedas.

O índice DXY – que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas – opera em queda de 0,62%, no momento, atingindo 99,186 pontos. A remuneração paga pela Treasury de 10 anos recuou para 2,05% ao ano, de 2,25% de ontem. O futuro do principal índice de ações americano, o S&P opera em alta de 0,31%. Na agenda, serão divulgadas as vendas ao varejo em fevereiro, que subiram 0,3% MoM, recuperando-se parcialmente da queda de 0,8% em janeiro. Os novos pedidos de desemprego devem ter somado 305 mil na semana passada, com queda de 15 mil pedidos ante ao dado referente ao período anterior.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra valorização de 0,31%, nesta manhã, enquanto as demais bolsas da região não mostram um denominador comum: Londres sobe 0,78%; Paris perde 0,07%; Frankfurt avança 0,15%. O euro recupera parte do terreno perdido para o dólar nos últimos dias, sendo negociado a US$ 1,0612 (+0,62%), contra US$ 1,0548 observado ontem. A produção industrial da zona do euro caiu 0,1% em janeiro ante dezembro, contrariando a previsão dos analistas que era de alta de 0,2%.

Na Ásia, mercados fecharam em alta. Destaque para a bolsa de Tókio, onde o índice Nikkei fechou o pregão desta quinta-feira com ganho de 1,43%. Ações de seguradoras e exportadoras foram os destaque de alta do dia, beneficiadas por um iene que sustentou as perdas recentes, apesar das vendas da moeda americana nas demais praças. O dólar é cotado a 121,11 ienes nesta manhã, contra 121,43 ienes de ontem à noite. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,78%, enquanto Hong Kong apurava ganho de 0,34%. Os novos empréstimos cresceram acima do esperado em fevereiro,segundo o banco central chinês, reagindo aos cortes de juros e compulsório efetuados recentemente, alimentando apostas de que a economia deve reagir favoravelmente a essas medidas de estímulo. Na Coréia do Sul, o banco central local surpreendeu ao cortar a taxa básica de juros em 0,25 pp, colocando-a em 1,75% ao ano. Mesmo assim, a bolsa de ações de Seul fechou com queda de 0,52%.

O dólar em queda favorece a recuperação dos preços das commodities e do petróleo. O produto tipo WTI é negociado a US$ 48,53/barril (+0,75%), enquanto o índice total de commodities sobe 0,85%, com destaque para metais básicos +1,75% e metais preciosos +0,97%.

O governo escapou de nova derrota política ontem. Por falta de tempo, a Câmara não votou o projeto que estende aos benefícios previdenciários a política de valorização do salário mínimo. Deve ficar para próxima semana. A instabilidade política, colocando em risco a aprovação dos ajustes propostos pelo governo, constitui em principal fator a alimentar a aversão ao risco entre os ativos domésticos. Hoje, o Banco Central divulga a ata da reunião do Copom da semana passada. A expectativa é de como o comitê avaliará o impacto da valorização do dólar sobre a inflação, o que pode dar maior fôlego para o atual ciclo de aperto monetário.

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