Hoje na Economia 12/05/2017

Edição 1763

12/05/2017

Mercados de ações sustentam a trajetória de alta dos últimos dias, ainda que em ritmo moderado. O dólar recua frente a importantes moedas, num movimento de acomodação após as altas dos últimos dias. Petróleo devolve parte dos ganhos recentes.

Na Ásia, mercados fecharam em direções distintas. Em Tóquio, a bolsa de ações local fechou em baixa nesta sexta-feira (Nikkei -0,39%), após os ganhos dos últimos dois pregões. A recuperação do iene frente ao dólar pesou nas ações de exportadoras japonesas. A moeda americana é negociada a 113,67 ienes, contra 114,16 ienes do final do pregão de ontem. Na China, em que pesem às medidas tomadas recentemente para reduzir os riscos financeiros de uma economia altamente alavancada, o volume de novos empréstimos subiu a 1,1 trilhão de yuans (US$ 159 bilhões) em abril, vindo bem acima do esperado pelo mercado (766,5 bilhões de yuans). Em março havia sido liberado cerca de 1,02 trilhão de yuans. Mercados de ações fecharam no azul: o índice Composto de Xangai apurou ganho de 0,72%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,62%.

Na Europa, a notícia de que o PIB da Alemanha cresceu 0,6% no 1º trimestre – em linha com as expectativas dos analistas – não trouxe grandes impactos sobre os mercados. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em torno da estabilidade, registrando discreta queda (-0,02%), no momento. Em Londres, o índice FTSE100 opera com alta de 0,16%, despontando como o melhor desempenho da região nesta manhã. Na Alemanha, a bolsa de Frankfurt opera pouco acima da estabilidade (DAX: +0,05%); em Paris, o CAC40 recua 0,09%. O euro é negociado a US$ 1,0872, pouco acima da cotação de US$ 1,0864 de ontem à tarde.

Entre os ativos americanos, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 0,67% nesta manhã, situando-se em 2,371% ao ano. O dólar flutua entre altos e baixos, mas, no momento, o índice DXY aponta recuo de 0,03% da moeda americana diante das principais divisas internacionais. O índice futuro de ações S&P 500 registra queda de -0,25%. Na agenda econômica, dados deverão mostrar que as vendas ao varejo, bem como a inflação ao consumidor, avançaram em abril, reforçando o cenário de uma economia mais dinâmica, respaldando as apostas de nova alta da taxa básica de juro americana, na reunião de política monetária em junho.

Os futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, pressionados por realização de lucros, após as altas recentes em reação a dados que mostraram recuo dos estoques do produto nos EUA. O petróleo tipo WTI para entrega em junho recua 0,27% no momento, sendo negociado a US$ 47,70/barril.

A Bovespa deve abrir repercutindo o balanço positivo divulgado pela Petrobrás ontem à noite, que veio melhor do que o esperado pelos analistas. Ademais, deve continuar se beneficiando do otimismo em relação à aprovação das reformas – trabalhista e da Previdência -, que conjugado a inflação em queda e fraca atividade econômica, ajuda reforçar as apostas em intensificação do corte da Selic no Copom deste mês. O real deve manter tendência de apreciação ante ao dólar, mas sujeita a oscilações em função dos dados econômicos que serão divulgados nos EUA, nesta manhã.