Hoje na Economia 12/06/2015

Hoje na Economia 12/06/2015

Edição 1294

12/06/2015

Em um dia sem muitas novidades na agenda econômica mundial, mercados operam sem um direcional claro.

Na Europa, as preocupações com a Grécia dão o tom aos negócios. Aumentaram os temores de a Grécia deixar a zona do euro, após os integrantes do FMI abandonar as negociações diante da inflexibilidade dos dirigentes gregos, fazendo crescer os riscos de um possível default. O euro recua frente ao dólar, sendo negociado a US$ 1,1189 (-0,62%) no momento, ante US$ 1,1269 de ontem à tarde. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, registra ligeira alta (+0,09%), enquanto Londres perde 0,28%; Paris -0,12% e Frankfurt sobe 0,05%.

Os futuros das principais bolsas de ações norte-americanas operam no vermelho. Mas a queda não é acentuada: o S&P 500 apura perda de 0,04%, neste momento. O índice DXY sobe 0,41%, refletindo as valorizações do dólar, principalmente, frente ao euro e ao iene japonês. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,395% ao ano, próximo ao observado na tarde de ontem (2,385% ao ano). O índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, que será divulgado hoje, deve ficar em 91,2 com o dado preliminar de junho, acima de 90,7 do fechamento de maio. Os preços no atacado (PPI) devem ter acumulado deflação de 1,1% nos doze meses terminados em maio, segundo as previsões dos analistas de mercado.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou a sessão de hoje com ganho de 0,2%, praticamente zerando a perda acumulada na semana. Os bons dados sobre as vendas do comércio americano, divulgados ontem, indicando o fortalecimento do consumo na maior economia do mundo, animaram os investidores da região. No Japão, a bolsa de Tókio fechou em alta, com o Nikkei subindo 0,12%, insuficiente para reverter as quedas acumuladas ao longo da semana. O dólar é negociado a 123,70 ienes, contra 123,14 ienes de ontem à tarde. Na China, a expectativa de que o banco central chinês deverá promover redução adicional dos compulsórios bancários neste final de semana levou os mercados acionários locais a fechar em alta: o índice Xangai Composto apurou valorização de 0,87%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong subiu 1,39%.

No mercado de petróleo, a persistência do excesso de oferta por parte dos principais produtores reverteu a tendência de valorização do produto observada nos últimos dias. O petróleo tipo WTI é cotado a US$ 60,28/barril, com queda de 0,82%, no momento. Demais commodities também operam no vermelho, com metais básicos recuando 0,05%; agrícolas -0,17% e metais preciosos -0,15%.

Não é possível vislumbrar, claramente, um direcional para o Ibovespa no dia de hoje. As bolsas internacionais sofrem com os riscos decorrentes do impasse nas negociações entre Grécia e seus credores. Além disso, o petróleo e outras commodities operam em baixa, não favorecendo um bom desempenho da Bovespa. No mercado de câmbio, a valorização global do dólar impõe viés de baixa para o real. No mercado de juros futuros, os vencimentos mais longos devem se flutuar em linha com os juros longos americanos. Os vértices curtos, no entanto, devem se manter voláteis, seguindo a tendência ditada pelo dólar e repercutindo o tom mais "hawkish" da ata do Copom divulgada ontem.

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