Hoje na Economia 12/08/2016

Hoje na Economia 12/08/2016

Edição 1580

12/08/2016

Mercados de ações e bonds operam em alta, nesta manhã, respaldados pela percepção de que os bancos centrais das economias avançadas continuarão mantendo políticas monetárias expansivas, dando suporte ao crescimento mundial. O dólar permanece em queda, enquanto petróleo e commodities mantêm os ganhos recentes.

Na Ásia, mercados fecharam em alta moderada, estimulados pelo avanço nos preços do petróleo e commodities metálicas. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou o pregão desta sexta-feira com alta de 0,10%. No Japão, após o feriado de ontem, bolsas fecharam no positivo, mas com liquidez reduzida. O índice Nikkei apurou alta de 1,10%, graças à alta dos preços do petróleo, acompanhando também a forte valorização observada nos mercados acionários dos EUA, no pregão de ontem. Na China, os dados econômicos divulgados decepcionaram. Produção industrial, venda no varejo e investimentos fixos de julho vieram abaixo do esperado pelo mercado, sinalizando que a economia volta a perder força no início do segundo semestre. Ainda assim, motivada pelo processo de uma grande fusão no setor imobiliário, a bolsa de Xangai fechou com alta de 1,60%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong teve valorização de 0,83%.

Na Europa, o índice de ações STOXX600 opera em torno da estabilidade. Demais mercados da região também mostram discretas oscilações: Londres +0,08%; Paris -0,02%; Frankfurt -0,17%. O euro é negociado a US$ 1,1149 (+0,10% no momento); que se compara a US$ 1,1144 de ontem à tarde. O PIB da zona do euro cresceu 0,3% no segundo trimestre ante o anterior e registrou expansão anual de 1,6%, de acordo com as estatísticas divulgadas pela Eurostat. Esses números, que vieram em linha com as previsões dos analistas, confirmam a desaceleração da economia da região, que havia crescido em ritmo mais forte no primeiro trimestre (+0,6% T/T).

Nos Estados Unidos, os futuros de ações mostram fracas oscilações, nesta manhã. O futuro do índice S&P 500 registra variação de +0,08%, enquanto o juro do T-Bond de 10 anos recua 0,98%, situando-se em 1,542% ao ano. O dólar mostra-se relativamente estável, com o índice DXY oscilando em torno de 95,912 pontos.

As cotações do petróleo mostram certa tendência de acomodação, após as fortes altas de ontem motivadas pelas notícias de que os produtores deverão chegar a acordos que permitam a estabilização dos preços da commodity. O contrato para entrega em setembro do óleo tipo WTI é negociado a US$ 43,47/barril, mantendo-se estável, no momento. Demais commodities, o destaque desta manhã são os metais básicos, que operam com alta de 0,27%.

Os fracos dados sobre a economia chinesa e da europeia, em conjunto com o fraco lucro divulgado pela Petrobrás, podem influenciar negativamente o desempenho da Bovespa no dia de hoje, abrindo espaço para alguma realização de lucros. Banco Central realiza mais uma oferta de US$ 750 milhões de swap reverso, tendo como pano de fundo as declarações do presidente interino Michel Temer, dando a entender de que o atual nível da taxa de câmbio já entrou no radar de suas preocupações.

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