Hoje na Economia – 12/08/2021

A quinta-feira começa sem direção única entre os mercados financeiros, com cautela nas bolsas asiáticas, mas ligeira alta nas ocidentais.

Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em baixa. O governo chinês divulgou um documento indicando que reformas regulatórias devem ocorrer em diversos setores ao longo dos próximos cinco anos, aumentando o temor de interferências. Também foi anunciado o fechamento de terminais no porto de Ningbo, o segundo maior da China, após um caso de Covid-19 ser detectado. O índice regional MSCI Asia Pacific recuou -0,3%, com quedas de -0,20% no Nikkei225 de Tóquio, -0,53% no Hang Seng de Hong Kong, -0,22% na bolsa de Xangai e -0,38% no KOSPI de Seul. O iene se deprecia pouco diante do dólar, -0,01%, cotado a ¥/US$ 110,44. A inflação ao produtor no Japão veio acima do esperado, com alta de 1,1% M/M contra expectativa de 0,5% M/M.

Na Europa, as bolsas operam em sua maioria em ligeira alta. A exceção é o FTSE100 de Londres, que recua -0,12%. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,10%, com altas de 0,13% no CAC40 de Paris e 0,34% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando levemente diante do dólar, -0,01%, cotado a US$/€ 1,1738. A produção industrial na Zona do Euro veio abaixo do esperado em junho, com queda de -0,3% M/M contra expectativa de -0,2% M/M. No Reino Unido o PIB veio em linha com expectativas, com variação de 4,8% T/T no 2º trimestre.

Nos EUA, os índices futuros de bolsas operam sem direção única. Há alta de 0,14% no Dow Jones, 0,03% no S&P500 e queda de -0,02% no NASDAQ. O dólar está praticamente estável, com queda de -0,02% no índice DXY. Os juros futuros operam em ligeira alta, com avanço de 2 pb no yield da Treasury de 10 anos, para 1,35% a.a.. Hoje sairão dados de inflação ao produtor e pedidos semanais de seguro-desemprego. A expectativa é de arrefecimento na inflação ao produtor em julho, de 1,0% M/M para 0,6% M/M. Uma surpresa para baixo pode afetar os mercados como a inflação ao consumidor afetou ontem, com queda nos juros e aumento nas bolsas, ao indicar menor necessidade de aperto monetário.

Os preços de commodities operam em ligeira alta no momento. O índice geral da Bloomberg sobe 0,09%, puxado por milho (0,09%), trigo (0,03%) e níquel (2,19%). Há queda de -0,82% no preço do fero, devido a expectativas de queda na produção de aço chinesa e maior oferta global. O preço do petróleo tipo WTI recua -0,06%, cotado a US$ 69,2/barril, após relatório da Agência Internacional de Energia indicar redução na demanda no segundo semestre, devido aos casos da variante Delta de Covid-19 na Ásia.

No Brasil hoje sairá o dado de pesquisa mensal de serviços, referente a junho. A expectativa é de alta de 18,2% A/A, diferente dos dados de atividade divulgados anteriormente (produção industrial e varejo), que ficaram estáveis ou tiveram queda. A votação da reforma do Imposto de Renda foi adiada ontem, após pressão de empresas e governos regionais, que discordam do texto como foi enviado pela última vez pelo relator. Não há nova data até agora para votação. Hoje os juros futuros devem ter alta, com dado melhor de atividade, o real deve se valorizar levemente diante do dólar e a bolsa deve subir, acompanhando mercado global.