Hoje na Economia 12/09/2016

Hoje na Economia 12/09/2016

Edição 1600

12/09/2016

Mercados abrem os negócios, nesta manhã, tomados de profunda aversão ao risco. Bolsas de ações, em sua maioria, mantém o movimento de venda observado na última sexta-feira. Pesam sobre os investidores temores de que os juros americanos voltarão a subir ainda este ano, bem como a decepção com a negativa do Banco Central Europeu (BCE) de aumentar o seu programa de compra de ativos. Analistas acreditam que os investidores estão saindo da zona de conforto, ao perceberem que os bancos centrais não mais proverão liquidez suficiente para sustentar o rally dos últimos meses.

As bolsas asiáticas fecharam com fortes perdas nesta segunda-feira, repetindo o comportamento dos mercados acionários de Nova York no final da semana passada. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou o pregão com queda de 2,1%. Especulações sobre possível elevação dos juros nos EUA também afetaram as bolsas japonesas. O índice Nikkei teve desvalorização de 1,73%. A moeda japonesa se valoriza frente ao dólar, que é negociado a 102,10 ienes, com o iene ganhando 0,60% frente à divisa americana. Na China, o índice Xangai Composto caiu 1,85%, fechando no menor nível dos últimos trinta dias. O índice Hang Seng, em Hong Kong, fechou com queda de 3,36%.

Na Europa, todos os mercados de ações operam no vermelho. O índice pan-europeu de ações STOXX600 registra queda de 1,78%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 perde 1,59%; em Paris o CAC40 recua 2,07%; em Frankfurt o DAX tem desvalorização de 2,03%. O euro é cotado a US$ 1,1218, perdendo 0,13% ante a moeda americana.

Nos EUA, a diretora do Fed, Lael Brainard, visto como contrária a alta dos juros neste momento, deve falar, nesta segunda-feira. Será o último pronunciamento de um membro da instituição, antes do período de silêncio que antecede a próxima reunião do Fomc, que ocorrerá em 20 e 21 deste mês. O índice futuro de ações do S&P 500 opera com queda de 0,67%, nesta manhã. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 0,62%, situando-se em 1,685% ao ano. A moeda americana, medida pelo índice DXY, encontra-se estável frente à cesta de moedas que compõe o índice.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 44,98/barril, com queda de 1,96%, refletindo o aumento da produção das perfuradoras americanas, ampliando o excesso de oferta. O índice de Commodity da Bloomberg registra recuo de 0,7%, no momento.

A Bovespa deve acompanhar a tendência externa no dia de hoje, onde prevalece a aversão ao risco marcada pela percepção crescente de alta dos juros americanos ainda este ano. Da mesma forma, a taxa de câmbio deve acompanhar o movimento global do dólar, que por sua vez, deve ditar o comportamento dos juros no mercado de DIs futuros.

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